Alunos de cursos privados de Medicina e formação de professores (Pedagogia e licenciaturas) poderão pagar seus estudos trabalhando no serviço público depois de formados. A possibilidade está prevista em uma lei sancionada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nova regra prevê que estudantes desses cursos possam abater 1% da dívida com o Fies (programa de financiamento estudantil) a cada mês trabalhado. Ao final de oito anos e quatro meses, portanto, eles teriam quitado totalmente o débito. Nesse período, continuariam recebendo seus salários normalmente.
O benefício vale também para os alunos que já se formaram nesses cursos, mas ainda estão pagando o débito. Para terem direito a trocar estudo por trabalho, os médicos terão de atuar em municípios com carência de profissionais em uma lista que ainda será divulgada pelo Ministério da Saúde. A princípio, deverão ser cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e poucos habitantes em todos os estados do país, mas principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Já no caso dos professores e pedagogos, bastará que o trabalho seja na rede pública, independentemente da localidade.
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