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Dezesseis horas após a ocupação da Vila Kennedy pela Polícia Militar para a instalação da 38.ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o tenente Leidson Acácio Alves, de 27 anos, subcomandante da UPP Vila Cruzeiro, foi assassinado com um tiro na cabeça, disparado por traficantes. É o quarto policial morto na região em pouco mais de um mês. Os criminosos também fizeram quatro ataques simultâneos a PMs em pontos diferentes do conjunto de favelas do Rio de Janeiro, que teve o policiamento reforçado.

Como reação à ofensiva do tráfico às UPPs nos complexos do Alemão e da Penha, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse que a partir deste sábado o Batalhão de Operações Especiais (Bope), tropa de elite da PM, atuará permanentemente na região. "O que estamos fazendo é levar a companhia de instrução do Bope no Alemão. Estamos entrando com uma companhia ou mais do Bope. E estamos começando a partir de hoje (ontem) à tarde uma série de operações em áreas que têm ligações diretas ou indiretas com o (tráfico do) Alemão e da Vila Cruzeiro", afirmou Beltrame na tarde de sexta-feira , após participar da cerimônia de formatura de 493 soldados da PM na zona oeste da capital.

O secretário voltou a afirmar que alguns dos recentes ataques a UPPs foram ordenados por presos que estão em presídios federais, mas ressaltou que não foi o caso da emboscada que resultou na morte do tenente Acácio. "Existem duas possibilidades [para as mortes]. Obviamente de dentro dos presídios. Temos também policiais que, em patrulhamento, encontram pessoas armadas. E o confronto é inevitável. E temos também pessoas que ficam de tocaia [porque a estrutura urbana desses locais facilita isso] e ficam ali esperando um policial para fazer, de maneira covarde e criminosa, essas ações".

O governador Sérgio Cabral (PMDB) chamou os assassinos do tenente de "covardes" e prometeu que a polícia vai prendê-los.

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