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A Unidade Paraná Seguro (UPS) do bairro Parolin, em Curitiba, registrou o primeiro homicídio desde a instalação do módulo policial da região, no dia 3 de maio. Um homem foi assassinado na Rua Eugênio Parolin, por volta da 00h30 desta quinta-feira (9), vítima de ferimentos causados por disparos de arma de fogo. A UPS do Uberaba, primeira do estado, registrou dois homicídios em menos de três dias nesta semana.

No Parolin, de acordo com a Polícia Militar, Adilson de Oliveira, 30 anos, foi chamado no portão de casa por dois homens que atiraram contra ele. Ele foi atingido por dois tiros no abdômen. Oliveira tinha quatro passagens pela polícia por roubo, furto e porte ilegal de arma e saiu há cerca de um mês da Colônia Penal Agrícola de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, onde cumpriu pena. Ele também é apontado como responsável por vários roubos a comércios da região e estava sendo ameaçado de morte, segundo testemunhas ouvidas pela polícia.

A autoria e motivação do crime serão investigadas pela Delegacia de Homicídios. O delegado Rubens Recalcatti conta que a principal suspeita é de que tenha sido um crime passional. "Ele estava envolvido com uma mulher que tinha uma relação com outro homem, que possivelmente foi um dos autores do crime", relatou.

Índices

O Parolin ficou três meses sem registrar um assassinato desde a instalação da UPS. De janeiro a abril, ocorreram nove crimes contra a vida no bairro. O aspirante e comandante da UPS Parolin, Guilherme Ovçar, lamenta o fato, mas garante que foi um caso isolado. "Preocupa porque é uma causa que a Polícia Militar tem que prevenir e deixa os policiais tristes, mas foi um caso isolado, porque não é a realidade que temos no bairro hoje", comentou.

Ovçar também coloca que houve queda significativa nas ocorrências de outros delitos. "A região tinha um alto índice de crimes, principalmente de furtos e roubos. Tínhamos uma média de 12 roubos por semana e hoje, quando muito, temos três na semana", completou.

A sede administrativa da UPS do Parolin fica na Praça Afonso Botelho e 32 policiais trabalham no patrulhamento da região. Há duas viaturas e duas motocicletas que funcionam o dia todo, e um módulo móvel, que opera das 8h às 20h, principalmente no cruzamento entre as ruas Francisco Parolin e Brigadeiro Franco. Além disso, segundo o comandante, a unidade conta com viaturas de reforço em horários com histórico de maior ocorrência de crimes. Por enquanto, não há previsão para aumento do número de policiais no local.

Quanto aos crimes que ocorrem dentro das áreas de cobertura das UPSs, a Polícia Militar afirma que, eventualmente, delitos podem acontecer, pois a polícia não é onipresente e lida com seres humanos. A PM ainda informou que a redução de homicídios e a conscientização da comunidade são construídas com o tempo, e que a polícia está empenhada nesse sentido.

Uberaba

Na UPS do Uberaba, um motociclista foi assassinado na manhã de domingo (5), na Rua do Triunfo. Mário Roberto Ferreira Teixeira, de 29 anos, foi perseguido por uma moto e levou dois tiros. Na noite de terça-feira (7), Silvano Pereira dos Santos, 37 anos, foi morto na Rua Formosa, vítima de pedradas e ferimentos causados por disparo de arma de fogo.

UPS

Curitiba tem hoje sete Unidades Paraná Seguro (UPS), localizadas nos bairros Uberaba, Parolin, Cidade Industrial de Curitiba (Vila Nossa Senhora da Luz, Caiuá, Moradias Sabará e Vila Verde) e Sítio Cercado (Vila Osterback).

Na última sexta-feira (3), 300 policiais passaram a ocupar a área da Vila Osternack e, até o fim do ano, outras três unidades devem ser instaladas na capital. Nesses locais, o trabalho da polícia envolve patrulhamento nas ruas e escolas, abordagem, cadastro de comerciantes e vistoria em estabelecimentos.

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