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Na sede da Urbs, vereadores questionaram funcionários | Jaelson Lucas/SMCS
Na sede da Urbs, vereadores questionaram funcionários| Foto: Jaelson Lucas/SMCS

Visita

"Diligência" à Urbs causa polêmica entre vereadores

Fernanda Trisotto e Antonio Senkovski

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o transporte coletivo em Curitiba foi até a Urbs, que administra o sistema, ontem. A "diligência" foi questionada pela vereadora Professora Josete (PT).

Para ela, a passagem dos vereadores por diversos setores do órgão, questionando alguns funcionários sobre temas pontuais, não passou de uma visita. Durante a passagem dos parlamentares pelas salas e corredores, os integrantes da taquigrafia – que registram todos os atos dos vereadores – tiveram, inclusive, dificuldades para trabalhar porque muitas vezes era impossível ouvir o que estava sendo dito. "Uma diligência não é colocar 40 pessoas numa sala", disse. O comentário gerou a revolta de seus colegas, que discordaram de Josete.

O início da sessão foi no auditório da Urbs e em seguida todos seguiram para conhecer alguns setores da entidade, como o Centro de Controle Operacional (CCO). Durante a visita, os vereadores questionaram o motivo de alguns computadores de mão terem sido comprados para integrarem as ações de monitoramento sistema e estarem parados. Funcionários disseram que a utilização dos aparelhos está dentro do cronograma de implantação do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM). A fiscalização é feita pela Caixa Econômica Federal – que concedeu o financiamento ao projeto.

A Urbs está negociando a aquisição do código-fonte do programa de bilhetagem eletrônica que foi implantado na Rede Integrada de Transporte de Curitiba. O órgão recebeu uma proposta em que teria de desembolsar R$ 4 milhões para a aquisição do sistema, mas segue negociando para conseguir a liberação sem gastos adicionais.

O projeto foi desenvolvido pela Dataprom, subcontratada do Instituto Curitiba Informática (ICI), que recebeu R$ 32 milhões em 2009 para organizar o sistema e adquirir equipamentos como catracas e validadores. O contrato para esse produto será encerrado em setembro e é de interesse da administração municipal obter os direitos sobre o programa para mantê-lo atualizado.

"Necessitamos do código-fonte porque é o elemento que nos permitiria fazer licitações abertas, para até contar com a participação de outras empresas interessadas no desenvolvimento do sistema", explicou o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior, durante a sessão da CPI do Transporte que ocorreu na sede do órgão, ontem.

Enquanto não houver acordo, a bilhetagem continua funcionando normalmente porque o município tem acesso ao programa. A importância de obter o código-fonte tem relação com sua atualização. O princípio é o mesmo de um sistema operacional de computador, como o Windows: quanto mais recente e atualizada a versão, menor a chance de bugs.

Manutenção

A manutenção dos aparelhos relacionados à bilhetagem eletrônica é de responsabilidade dos consórcios que venceram a licitação. A Urbs repassa um valor mensal fixo, ajustado anualmente, com base em uma projeção de quilometragem, custo e número de passageiros. Atualmente, as empresas que operam no sistema urbano de Curitiba mantém um contrato com a Dataprom, pelo qual recebem R$ 566 mil mensais, valor que está embutido no cálculo da tarifa técnica.

Esse contrato vence no final de agosto e as empresas afirmam que não têm interesse em renová-lo porque podem contratar outra prestadora de serviço que cobra um valor mais baixo. Mesmo assim, já foi solicitada uma prorrogação de 30 dias para a Dataprom.

Neste ano, a Dataprom deu um desconto para essas empresas, que pagam R$ 506 mil mensais pelo serviço. A diferença de R$ 60 mil entre o valor gasto com o serviço e o remunerado pela Urbs deverá ser corrigida na próxima repactuação de tarifa, em fevereiro de 2014.

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