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A Urbanização de Curitiba (Urbs) assinou, nesta sexta-feira (28), a renovação do convênio com a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) por mais 15 dias. Na prática, significa que o preço da tarifa deve ficar sem alteração pelo menos pelos próximos dias.

Prefeitura e governo devem usar o período para negociar os valores do subsídio que banca o transporte público metropolitano, que é o fator de maior impacto na possível alta da passagem. O anúncio foi feito pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT) durante os desfiles de carnaval de Curitiba deste sábado (1º).

O município alega que os repasses propostos pelo governo estadual para o subsídio para este ano, de R$ 5 milhões por mês, não são suficientes para bancar o sistema. "Queremos garantir a integração, mas se nada for feito, o custo poderá chegar a R$ 100 milhões. E Curitiba sozinha não tem dinheiro pra isso. Então temos que definir qual o valor o estado vai repassar e se efetivamente vai conseguir repassar", disse Fruet.

Os R$ 5 milhões citados pelo prefeito dizem respeito ao anúncio do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), sobre a renovação do subsídio do governo do estado ao transporte público de Curitiba e região metropolitana até o fim do ano. Segundo Richa, serão R$ 5 milhões mensais entre março e dezembro. O anúncio pegou de surpresa quem imaginava um embate como o do ano passado, quando o governador chegou a anunciar o fim do subsídio sob a argumentação de que esse auxílio não deveria ser permanente.

Ainda esta semana, prefeitura e Urbs devem sentar com prefeitos da região metropolitana para "construir um projeto de sustentabilidade para a rede", de acordo com o presidente da Urbs, Roberto Gregório. Neste meio tempo, ainda segundo Gregório, será analisada a proposta de reajuste que está sendo elaborada pelas empresas do transporte coletivo. Depois, começam as negociações sobre o novo preço da tarifa.

Curitiba teria condições de manter a tarifa em R$ 2,70, sem a integração, segundo disse o prefeito. O município paga a diferença entre o valor pago pelos usuários (R$ 2,70) e a tarifa técnica, paga às empresas (R$ 2,93). O preço da tarifa técnica da região metropolitana é mais alto, de R$ 3,99, mas os usuários pagam os mesmos R$ 2,70. Essa diferença entre os dois é o alvo de contestação.

Greve

A greve dos trabalhadores do transporte coletivo terminou neste sábado, depois de quatro dias de paralisação total (no primeiro dia) e parcial (nos demais) dos ônibus. Neste domingo, os ônibus já operam com frota normal, segundo a Urbs.

A decisão pelo fim da greve foi tomada em assembleia na Praça Rui Barbosa, quando os trabalhadores e as empresas aceitaram proposta do Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região (TRT-9.ª) , que prevê reajuste salarial de 9,28%, abono salarial de R$ 300 e aumento de 10,5% no cartão alimentação. Mas o sindicato da categoria afirmou que tudo poderia ir "por água abaixo" se a tarifa do ônibus aumentasse.

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