O Centro de Nanotecnologia e Engenharia Tecidual Aplicado à Saúde, instalado dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto, já está produzindo desde 1º de março, embora ainda não tenha sido inaugurado oficialmente.

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No laboratório são produzidos medicamentos nanoestruturados (fármacos fotoativos) para o tratamento de câncer de pele com aplicação de laser, além de pele artificial usada para corrigir cicatrizações, queimaduras e perdas de peles em acidentes. E existem outras pesquisas em andamento e uma parceria com a marca francesa Dior está em negociação para produzir cosméticos voltados ao rejuvenescimento.

Os pesquisadores desenvolvem medicamentos com outros princípios ativos, além dos fotoativos. Com a nanotecnologia, os velhos fármacos, com nova roupagem, atingem alvos específicos, com menos efeitos colaterais aos pacientes. A produção de pele tridimensional em laboratório (artificial) será em larga escala. A distribuição desse material não ocorre pelo Sistema Únicos de Saúde (SUS), mas por convênios de pesquisas entre USP e centros interessados, com custos bancados por agências de fomento à pesquisa. Porém, a meta é fazer convênio com o Ministério da Saúde para subsidiar a distribuição.

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O centro está desenvolvendo, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), estudos de fármacos nanoestruturados para tratamentos do sistema nervoso central, como Alzheimer, Parkinson, epilepsia e glioma (câncer na região cerebral). "Esses estudos estão na fase animal e os fármacos desenvolvidos são inseridos dentro do cérebro, permeando a barreira neuroencefálica", diz o coordenador do centro e professor do Departamento de Química, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, Antonio Claudio Tedesco.

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