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Após um impasse que durou 41 dias, as aulas da USP Leste deverão iniciar amanhã. Porém, universitários ameaçam deflagrar greve, devido às condições em que as aulas serão ministradas. O campus da instituição está contaminado por gás metano e, por isso, as aulas no local foram interditadas pela Justiça.

Segundo Júlia Mafra, 23, que cursa Gestão de Políticas Públicas, os universitários vão decidir nesta segunda-feira, em assembleia, se entrarão em greve.

"Já há o indicativo. Sabemos que as aulas vão começar, mas estaremos fragmentados. Muitas pesquisas feitas por alunos de diversos cursos serão prejudicadas. Não teremos laboratórios e nem auxílio alimentação'', disse.

Pelo plano da reitoria da USP, os estudantes do período matutino ficarão provisoriamente na Unicid (universidade particular) e na Fatec Tatuapé, ambas próximas à estação Carrão do metrô. Os do vespertino ficarão na Unicid; e os do noturno, na Fatec Tatuapé e em outras unidades da USP.

A física Adriana Tufaile também diz que o retorno improvisado das aulas vai afetar o trabalho dos professores.

"A extensão e a pesquisa universitária não vão acontecer. Por não ter biblioteca e laboratórios, tem professor fazendo pesquisa de favor em laboratórios de outras universidades e até em casa'', afirmou.

Tufaile ainda informou que na terça-feira será a vez dos professores e técnicos decidirem pela aprovação ou não do movimento grevista.

Desde o ano passado, a USP Leste já enfrentou uma sequência de interdições e também uma greve, entre setembro e outubro. As aulas foram adiadas por três vezes.

Além da contaminação do solo, mais recentemente, uma infestação de piolhos de pombos tomou conta do campus.

Outro lado

A USP da zona leste, por meio da assessoria de imprensa, informou que a administração se preocupou, neste momento, com o início das aulas. Houve um esforço, segundo a assessoria, em conseguir apenas salas de aulas disponíveis.

Em relação à falta de estrutura, como a ausência de laboratórios e bibliotecas, a assessoria disse que as atividades acadêmicas só voltarão às condições normais quando o campus da zona leste for liberado pela Justiça.

A assessoria ainda garantiu que nesta segunda-feira, técnicos estão nos locais onde aulas serão iniciadas para prestar informações aos alunos.

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