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Um estudo publicado na revista científica Lancet apresentou os resultados da fase 3 (última etapa de testes, que avalia a eficiência de uma substância) de uma vacina contra a dengue. A proteção total alcançada foi de 56%. Não existe atualmente nenhuma vacina que previna a doença. "O grande problema de se produzir uma vacina contra a dengue é que você precisa de 4 vacinas em 1, uma para cada subtipo", explica o infectologista Esper Kallás, da Faculdade de Medicina da USP. Para ele, é muito difícil imaginar a aprovação de uma vacina contra a dengue que apresente uma proteção desse nível.

Já para Lucia Bricks, diretora de saúde pública da Sanofi Brasil, empresa que produziu a vacina, "o resultado é muito bom dentro do contexto da dengue no mundo". Ela diz que a meta da Organização Mundial de Saúde é que até 2020 o número de casos de dengue diminua 25%. "Nossa vacina conseguiu mais do que o dobro disso."

O resultado da proteção por subtipo foi desigual: para o tipo 1, a proteção foi de 50%, para o tipo 2, 35%, para o tipo 3, 78%, e 75% para o tipo 4. "Traz preocupação essa proteção menor da dengue tipo 2", diz Esper Kallás. Esse tipo foi o que circulou na epidemia em Campinas, neste ano.

O estudo foi feito com mais de 10 mil crianças, de 2 a 14 anos, da Ásia. Destas, 6.851 receberam a vacina e 3.424, placebo. Segundo Bricks, um estudo com a mesma vacina com cerca do dobro de participantes na América Latina deve estar pronto em breve.

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