Em apresentação para investidores em Londres nesta sexta-feira (4), a Vale afirmou que todas as famílias desabrigadas após o acidente da Samarco em Mariana (MG) estarão em casas alugadas até o Natal. Hoje, parte das famílias está em hotéis.
“Esperamos que até o Natal todas as pessoas estejam vivendo em casas permanentes, deixando os hotéis onde estão hoje”, disse o diretor financeira da companhia, Luciano Siani. A Vale divide o controle da Samarco com a BHP Billinton.
Segundo ele, nesta semana 20 famílias já foram transferidas pela Samarco para casas alugadas. O executivo não informou, porém, quantas famílias ainda esperam novas residências.
Os desabrigados estão recebendo da Samarco um salário mínimo mais 20% para cada dependente, além de uma cesta básica.
Em audiência realizada em Mariana na terça (1.º), o Ministério Público determinou que a companhia apresente um plano de reconstrução dos vilarejos atingidos.
Saúde libera R$ 4,4 mi para cidades afetadas por desastre em Mariana
Leia a matéria completa“Estamos fazendo o máximo que podemos, mas a área onde as pessoas moravam não pode ser limpa rapidamente”, comentou Siani nesta sexta, em entrevista à imprensa após a apresentação.
Ele repetiu que a recuperação do rio Doce se tornou uma missão permanente na companhia após o desastre.
Retomada
Na apresentação para analistas, o consultor jurídico da Vale, Clóvis Torres, disse acreditar que o governo pretende autorizar a retomada das operações da Samarco, suspensas após o rompimento da barragem de rejeitos em Mariana (MG), para gerar caixa para a recuperação dos danos.
A expectativa resulta de reunião com Advocacia Geral da União (AGU), contou Torres, na qual a empresa foi informada que o fundo de R$ 20 bilhões proposto pelo governo seria composto por 20% da receita ou 50% do lucro da Samarco.
“Se estão considerando isso, quer dizer pensar em deixar a Samarco voltar a operar”, afirmou. Segundo ele, o valor do fundo foi calculado com base na análise dos balanços da mineradora.
“Eles sugeriram que sentemos e cheguemos a um acordo, ao invés de brigarmos na Justiça”, contou Torres. De acordo com ele, Vale e BHP vão se reunir para discutir a proposta e definir uma estratégia para o caso.
O fundo de R$ 20 bilhões foi anunciado na última sexta (27), logo após entrevista na qual a Vale propôs a criação de um fundo voluntário, em parceria com a BHP, para a reconstrução. A companhia não disse, no entanto, quanto pretende investir.
-
Ato de Bolsonaro no Rio reforça reação à censura e busca união da direita nas urnas
-
Entenda o papel da comissão do Congresso dos EUA que revelou os pedidos sigilosos de Moraes
-
PF usou VPN para monitorar publicações de Rodrigo Constantino no exterior
-
Brasileiro é o maior pagador de impostos do Paraguai: “É fácil de entender e mais barato”
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
Deixe sua opinião