Uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale foi autuada por reduzir pessoas à condição análoga à de escravo. Realizada após ação conjunta do Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal, a autuação ocorreu num centro de operação em Itabirito (MG).
Os fiscais concluíram que a multinacional era responsável pelas condições degradantes e pela jornada de trabalho exaustiva impostas a trabalhadores contratados por outra empresa para dirigir caminhões. Para os fiscais, a Vale deveria ser responsabilizada pois os trabalhadores estavam envolvidos com a atividade-fim da mineradora, cuja terceirização é ilegal. A operação encontrou 411 motoristas, 309 em situação análoga à escravidão. Foram lavrados 32 autos de infração. O banheiro era imundo. “Não se conseguia respirar ali dentro. Era merda por todo o lugar”, disse o auditor Marcelo Campos. Contribuíram para a qualificação das condições degradantes a falta de água potável e de locais para banho. A Vale poderá recorrer junto ao Ministério do Trabalho para alterar as conclusões dos auditores. Depois, ainda poderá entrar na Justiça. Em nota, negou “qualquer irregularidade” e afirma que tantos os seus contratados quanto seus terceirizados têm “condições adequadas” de trabalho.
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