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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse na manhã desta terça-feira (10) que o governo não pretende rever as 42 demissões de metroviários anunciadas nesta segunda (9), após cinco dias de greve da categoria.

"As demissões ocorridas não foram em razão de greve. Nenhum grevista foi demitido. Elas foram em razão de outros fatos, e fatos graves, como invasão de estação, de depredação, vandalismo", afirmou o governador em entrevista coletiva, após falar na abertura do Fórum Empresarial América Latina Global 2014, realizado no Auditório do Ibirapuera.

Alckmin disse ainda que o governo não pretende demitir nenhum outro metroviário, caso permaneçam trabalhando. "Voltando ao trabalho não tem nenhuma demissão. O governo não quer demitir ninguém. Agora, o governo tem o dever de garantir as 5 milhões de pessoas que querem trabalhar e que precisam do metrô."

Sobre a ameaça de greve nesta quinta-feira (12), data de abertura da Copa do Mundo, o governador considera que uma paralisação seria oportunista. "Seria um enorme oportunismo exatamente no dia da abertura da Copa fazer greve. Então espero que não haja um grupo querendo fazer bagunça pela bagunça, caos pelo caos", acrescentou.A greve começou na última quinta-feira (5) e foi suspensa por dois dias em votação na assembleia da categoria na noite desta segunda-feira (9).

Demitidos

"Não teve nada de vandalismo. Isso é uma estratégia do Alckmin de colocar a população contra os metroviários", diz Camila Lisboa, 29, que recebeu na manhã desta segunda-feira, em sua casa, o telegrama anunciando sua demissão.

Ela era agente de estação na Marechal Deodoro, da linha 3-vermelha, é diretora de base do sindicato, e conta que participou de piquetes em todos os dias desde o início da greve.

"O que a gente fazia era o seguinte: o trem parava e a gente ficava na porta do trem pra ele não andar. Eu desafio o governo do Estado a apresentar alguma prova de vandalismo", afirma.

Ela conta que alguns dos demitidos ainda são desconhecidos, já que muitos estão recebendo os telegramas apenas nesta terça-feira, mas que ao menos oito deles são diretores do sindicato.

Durante a assembleia dos metroviários, Diego Madureira, outro dos 42 demitidos, afirmou que não participou de nenhum piquete ou ação do sindicato e mesmo assim foi demitido.

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