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Brasília – Gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Xeque-Mate mostram Genival Inácio da Silva – irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – utilizando o nome de Lula para conseguir dinheiro de Nílton Cézar Servo, apontado como chefe da suposta máfia dos caças-níqueis. Essa é a conclusão da própria PF baseada nos grampos autorizados pela Justiça. Vavá foi indiciado pela Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal, por tráfico de influência e exploração de prestígio.

A PF havia pedido a prisão do irmão de Lula, mas a Justiça negou. Ao todo, 80 pessoas foram presas na operação deflagrada na última segunda-feira.

Diálogos

Entre os suspeitos de integrarem a máfia, apenas dois não tiveram a prisão decretada, entre eles o irmão mais velho de Lula. Na semana passada, o advogado de Vavá, Benedicto de Tolosa Filho, negou que seu cliente tenha sido favorecido.

De acordo com a PF, Vavá teria usado o nome de Lula em uma conversa com Nílton Cézar Servo no dia 25 de março deste ano. "O homem teve aqui hoje", afirma Vavá. "Passou aqui, ficou uma hora e meia aqui". No entendimento da PF, o "homem" citado por Vavá no início da conversa seria o presidente Lula. Na seqüência do diálogo, Servo pergunta: "Falou com você?". Vavá responde: "Conversou. Eu falei pra ele sobre o negócio das máquinas lá. Ele disse que só precisa andar mais rápido, né, bicho?" Apesar das suspeitas sobre o irmão do presidente, a PF acredita que Lula não tem "qualquer participação" no episódio e que seu nome era apenas usado por Vavá.

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