São Paulo - A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) determinou a suspensão da correção e divulgação dos resultados da segunda fase do Exame da Ordem depois de denúncia de irregularidade e vazamento da prova no último domingo, em Osasco, na Grande São Paulo. Um candidato que fazia a prova foi flagrado com respostas de questões. O exame foi feito por 18.720 candidatos em 155 cidades do país, e foi a primeira vez que o teste foi feito de forma unificada no país.
O colégio de presidentes de seccionais da OAB deve se reunir em Brasília no próximo domingo para examinar as medidas que serão adotadas em relação ao exame. O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, requereu pessoalmente ao diretor-geral em exercício do Departamento de Polícia Federal, Luiz Pontel de Souza, apuração urgente dos fatos.
A elaboração e a aplicação das provas são feitas pela OAB em parceria com o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), da Universidade de Brasília. O diretor-geral do Cespe, Ricardo Carmona, acompanhou Cavalcante na visita ao diretor-geral da PF. A OAB também solicitou à Cespe a realização de uma sindicância interna para apurar a irregularidade.
Caso anterior
No fim de 2007, quando a prova ainda não estava unificada, a OAB suspendeu o exame da seção de São Paulo na última hora por causa de outro vazamento. Estavam inscritos 24.827 candidatos no estado. No mesmo ano, também houve fraudes e adiamentos dos exames em Goiás e no Distrito Federal. Na época, a ordem responsabilizou a Vunesp pelo vazamento em São Paulo. Ela foi substituída pela Cespe-UnB.
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
Deixe sua opinião