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O motoboy Domingos de Cabral e a mulher Silmara observam os estragos em casa, no bairro Boa Vista: sem previsão para voltar | Marcelo Elias / Gazeta do Povo
O motoboy Domingos de Cabral e a mulher Silmara observam os estragos em casa, no bairro Boa Vista: sem previsão para voltar| Foto: Marcelo Elias / Gazeta do Povo

Radar do Simepar fica sem operar até março

O único radar meteorológico do Instituto Tecnológico Simepar, que está instalado no município de Teixeira Soares, na região dos Campos Gerais, só deve voltar a funcionar em março. O equipamento está desativado desde 21 de dezembro, quando o rolamento que permite ao radar se movimentar em 360 graus quebrou por causa do desgaste, já que funcionava ininterruptamente desde 1998.

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Três morrem afogados em São Paulo

A chuva da noite de domingo deixou um saldo de três mortos em São Paulo, além de um cenário de destruição nos bairros da Penha e do Carrão, na zona leste da cidade. O Rio Tietê transbordou. Na Penha, a região mais afetada fica perto do córrego Rincão, que é parcialmente canalizado e deságua no Aricanduva, que deságua no Tietê. O excesso de água fez com que o Rincão transbordasse.

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Casas começam a ser demolidas

Casas localizadas em área de risco começam a ser demolidas ontem em Nova Friburgo, uma das cidades mais afetadas pelas chuvas dos dias 11 e 12 na região serrana do Rio do Janeiro. Os trabalhos começaram pelo bairro Alto do Floresta.

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A chuva que afetou 4.175 paranaenses no último fim de semana deu uma trégua ontem na maior parte dos municípios atingidos e os moradores aproveitaram para limpar as casas e pedir providências ao poder público. Segundo a Defesa Civil estadual, 22 municípios do estado foram atingidos, a maioria na região metropolitana de Curi­tiba. Alagamentos, deslizamentos e vendavais causaram danos em 925 casas e deixaram cerca de 300 pessoas sem ter para onde ir.

Segundo as prefeituras, quase todos os desabrigados e desalojados retornaram ontem para suas casas. Em Curitiba, no entanto, cinco famílias do bairro Boa Vista ainda estão em casas de parentes e amigos. O morro de cerca de 6 metros que fica atrás das residências, na Rua José Zaramella, deslizou no último sábado e a prefeitura interditou as construções.

O deslizamento atingiu a área de lazer da residência do motoboy Domingos de Cabral da Silva e destruiu a churrasqueira, um banheiro e a lavanderia. "A barreira não arrebentou de uma vez, foi cedendo aos poucos", diz Silmara, esposa de Domingos, que conseguiu retirar móveis e eletrodomésticos. A família está na casa de parentes e não tem previsão para retornar. "Estamos pedindo que seja feita uma proteção no barranco", disse Domingos. Em reunião ontem com moradores, representantes da prefeitura disseram que não poderão resolver o problema, por se tratar de área particular.

Segundo o coordenador técnico da Defesa Civil de Curitiba, Nel­­son de Lima Ribeiro, a maioria das ocorrências aconteceu em áreas de risco. "Se não houvesse pessoas mo­­rando naqueles locais não teríamos problemas", afirmou. O órgão conseguiu agir preventivamente no Boa Vista e retirou as famílias das cinco casas que corriam risco de desabamento.

Outros bairros da capital foram atingidos. No Boqueirão, três casas ficaram alagadas. Houve um destelhamento no Sítio Cercado e um ponto de alagamento no Boa Vista. Entre sábado e ontem, pelo menos cinco protestos de moradores que pediam providências da prefeitura foram registrados em Curitiba e em três municípios da região metropolitana: Fazenda Rio Grande, Pinhais e Mandirituba.

Região metropolitana

Em Fazenda Rio Grande, residências ficaram alagadas nos bairros Nações, Estados e Jardim Euca­liptos. Em São José dos Pinhais, moradores comunicaram alagamentos em casas nos bairros Cidade Jardim e Jardim Ipê II. Também houve registros de alagamentos em Pinhais, nos bairros Pineville e Maria Antonieta.

Na casa da atendente de balcão Fabia­­ne Regina Ribeiro, 23 anos, em Pinhais, os móveis estão apoiados em tijolos para evitar danos, caso a residência seja alagada novamente. Por precaução, ela também tem dormido na casa da mãe. "Vou ficar no mínimo uma semana nessa situação", diz.

Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, um temporal com ventos fortes e granizo, derrubou quatro árvores, alagou uma residência e fez com que outras duas casas desabassem. O temporal começou por volta das 16h30 e demorou cerca de 10 minutos. Ninguém ficou ferido. Segundo o Instituto Tec­no­­lógico Simepar, a previsão até sexta-feira é de chuva no estado, com as típicas pancadas de verão ao final do dia.

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