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Aluguel, contas atrasadas, dívidas. Para muita gente, essa soma é sinônimo de sérios problemas no final do mês. Mas quem tem cabelos compridos e bem tratados recorre cada vez mais a uma saída no mínimo curiosa para saldar as pendências: vender as madeixas. Pelo menos é o que garantem os comerciantes dos cerca de 15 salões de beleza que compram e vendem cabelo nas proximidades do Terminal Guadalupe, no Centro de Curitiba. Segundo eles, grande parte da clientela é formada por pessoas em dificuldades financeiras.

O preço oferecido varia bastante na região. Um cabelo castanho, de comprimento médio, ondulado e bem tratado varia entre R$ 120 e R$ 300. A avaliação capilar leva em conta comprimento, volume e qualidade. Cabelos "virgens" (que não passaram por tintura ou outro tratamento químico) valem mais. Os loiros naturais são top de linha. De acordo com os compradores, os cabelos de clientes entre 10 e 30 anos são o de melhor qualidade.

Os salões usam os cabelos comprados para fazer perucas e, principalmente, para alongamentos capilares. Grande parte do produtos comprados no Guadalupe vai parar nos salões chiques da cidade. A região reúne tanto salão comprador por uma razão simples: a maioria dos vendedores vem da região metropolitana – fazendo uso, portanto, do terminal de ônibus.

Antes de serem utilizados no alongamento ou nas perucas, os cabelos passam por vários processos para melhorar de qualidade – serviços que custam entre R$ 500 a R$ 1,2 mil.

Leia as histórias de quem vende cabelo na reportagem do site da versão impressa da Gazeta do Povo (conteúdo exclusivo para assinantes)

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