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Francisco Beltrão - A madrugada de ontem foi de pavor e prejuízos em vários municípios do Sudoeste. Ventos de até 100 km/h e granizo danificaram mais de 200 casas, somente em Francisco Beltrão, um dos municípios mais atingidos. Também houve estragos em Pato Branco, com seis casas destelhadas, dois veículos danificados com queda de árvores, e centenas de famílias sem energia elétrica.

Em Ampère, Santo Antônio do Sudoeste, Dois Vizinhos, Renascença, Marmeleiro e Bom Sucesso do Sul, houve corte no fornecimento de energia, telefonia e internet, que foram restabelecidos durante o dia. Na manhã de ontem, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil das cidades atingidas tiveram muito trabalho na distribuição de lonas, corte de árvores e assistência às famílias. Segundo unidades do Corpo de Bombeiros na região, não houve feridos e nem desabrigados.

Em Francisco Beltrão foram distribuídos cerca de 2,3 mil m2 de lona às famílias e atendidas mais de 30 solicitações para remoção de árvores caídas nas ruas, casas e quintais.

Renascença, que tinha declarado há menos de oito dias situação de emergência por causa das perdas com a estiagem, teve localidades atingidas por granizo e vento. Ocorreram danos em vários pontos, tanto nas lavouras como na estrutura de casas e aviários.

Produtores da comunidade de Barrinha viram as poucas lavouras que sobraram da seca serem destruídas pelas pedras de gelo. Plantações de fumo, soja e milho tiveram perdas que podem ultrapassar a 90%. "A lavoura da soja estava se recuperando bem da falta de chuva com as pancadas que caíram na última semana, e agora vêm essas pedras e destroem o que sobrou. Não sei mais o que fazer. O jeito é aguardar e ver se vai produzir alguma coisa ainda", disse o agricultor Dornélis Corlassoli.

Na propriedade de Jordano Rovani, a força do vento rasgou árvores com mais de 40 anos como se fossem de isopor. Uma das árvores caiu sobre a casa do funcionário da fazenda e outras sobre a garagem, minutos depois de ele ter retirado o carro. Um dos sócios da fazenda, Germano Rovani relatou que mais de mais de 20 árvores quebraram com a força do vento, e que uma vaca foi atingida. Parte do telhado do galpão foi arrancado, e plantações de milho deitaram, comprometendo a colheita.

As perdas no campo se somam as já contabilizas com as intempéries climáticas que devem causar um grande impacto na economia das pequenas cidades em 2009. Um dos reflexos é a corrida ao Proagro por parte dos agricultores, que ganha força nesta semana com os novos fenômenos meteorológicos.

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