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Em algumas distribuidoras de água do Litoral também já começa a faltar água. A reportagem da Gazeta do Povo ligou para oito distribuidores de gás e água em Matinhos, Paranaguá, Pontal do Paraná e Guaratuba, e em sete deles o produto estava em falta. Segundo os proprietários, a escassez se deve a uma restrição do Ministério de Minas e Energia que determinou um prazo de validade de três anos para os galões. Como os fabricados antes de 2005 não podem circular, há menos galões disponíveis para venda.

O dono da distribuidora Minasgás, em Matinhos, Amauri Maurício, afirma que já não está mais atendendo pedidos de água, o que acaba gerando conflitos com os clientes. "Muita gente tem em casa um galão fabricado antes dessa data, e vem aqui na loja querendo trocar. Eu não posso fazer isso, porque a engarrafadora não recolhe galão velho, e eu, ao dar o novo com água e ficar com o antigo vazio, saio no prejuízo", conta. "Mas às vezes, dependendo do caso, eu acabo cedendo, pra não perder o cliente’.

Como os garrafões acabam se tornando inutilizáveis – a partir de janeiro, só poderão circular os fabricados em 2006, e a partir de abril, os fabricados em 2007 -, com a compra de novos, o custo acaba sendo repassado ao cliente. "Ou não compramos novos, e, portanto, corremos o risco de faltar água, ou compramos e encarecemos o serviço", explica o dono da Express Service Gás em Guaratuba, Laufran Bevervanso. A proprietária do Top Gás em Paranaguá, Ivone Barreto, diz que há uma alternativa para os garrafões: as embalagens de 5 litros, que são recicláveis. "Acho que eles vão acabar substituindo os galões de 10 e 20 litros, a não ser que as distribuidoras assumam parte da responsabilidade e recolham os velhos. Nós não podemos arcar com os custos sozinhos".

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