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Só o tempo ruim faz a estudante Nicolli D’Agulham ficar fora da piscina: quando esquenta, ela não troca pela areia | Priscila Forone/ Gazeta do Povo
Só o tempo ruim faz a estudante Nicolli D’Agulham ficar fora da piscina: quando esquenta, ela não troca pela areia| Foto: Priscila Forone/ Gazeta do Povo

Lazer

Clubes de Curitiba têm piscina como chamariz

Cíntia Junges, especial para a Gazeta do Povo

Nem mesmo as chuvas e variações de temperaturas típicas do verão curitibano são capazes de diminuir a procura pelas piscinas nos clubes da cidade nesta época do ano. Grandes ou pequenas, aquecidas ou não, elas fazem a alegria de crianças e adultos nos dias de bastante calor. Segundo informações do Sindicato dos Clubes Paranaenses (Sindiclubes), existem aproximadamente 45 clubes com piscinas em Curitiba "O período de novembro a março é o que registra o maior aumento no número de adesões de associados aos clubes. Em média, o crescimento é de 30% em relação ao restante do ano", afirma Paulo Roberto Colnaghi, presidente do Sindiclubes. "A inadimplência também cai consideravelmente durante a temporada", acrescenta.

Públicas

Curitiba também oferece piscinas comunitárias para a prática de atividades esportivas como natação, hidroginástica e hidroterapia. Na região central são três: uma na Praça Oswaldo Cruz e duas na Praça Ouvidor Pardinho. Todas fazem parte dos Centros de Esporte e Lazer da Prefeitura Municipal. Para participar das atividades é necessário fazer a inscrição nesses locais e aguardar o encaixe nas turmas. As atividades nas piscinas de ambos os Centros estão em recesso e só voltam a funcionar a partir do dia 1° de fevereiro. Em 2009 a prefeitura municipal lançou o projeto Clubes da Gente, que prevê a construção de oito complexos aquáticos nas regionais de Curitiba até o fim de 2012. Por enquanto, só a unidade da regional do Bairro Novo foi entregue, mas a piscina está desativada para reparos e não há previsão de reabertura. A unidade da CIC está com 88% da área construída e deve ser inaugurada no primeiro semestre. Já a unidade da regional Tatuquara deve sair do papel ainda no primeiro semestre deste ano, e a unidade do Boa Vista está em fase de projeto, segundo a prefeitura de Curitiba.

Serviço:

Veja o horário de funcionamento de piscinas em Curitiba: Santa Mônica Clube de Campo: de terça-feira a domingo, das 8h às 19 horas – (41) 3675-4200. Clube Duque de Caxias: de segunda a segunda, das 6h às 22h – (41) 3351-7100. Três Marias Clube de Campo: de terça-feira a domingo, das 9h às 19 h – (41) 3370-3000. Círculo Militar: piscinas externas, de terça-feira a domingo, das 8h às 20h; piscinas aquecidas, de segunda-feira a domingo, das 6h às 22 h; sábado e domingo, das 8h às 18h – (41) 3264-5022. Clube Curitibano: de segunda-feira a sábado, das 5h30 às 22h; domingo, das 6h às 20h – (41) 3014-1919. Piscinas Públicas Centro de Esporte e Lazer da Praça Oswaldo Cruz: das 8h às 12h e das 14h às 18h – é necessário fazer a inscrição antecipada no local Centro de Esporte e Lazer da Praça Ouvidor Pardinho: das 8h às 12h e das 14h às 18h – é necessário fazer a inscrição antecipada no local.

  • A professora Flávia Letícia Silva passa a manhã nas areias e, de tarde, não sai da piscina: opção quando a praia está lotada

Tomar banho de sol e relaxar em água refrescante é o programa principal de quem desce para as praias. Mas nem todo mundo gosta de areia, água salgada e aglomeração. Nesses casos, o programa de quem quer se bronzear e re­­frescar é transferido para as piscinas das casas, hoteis, pousadas e colônias de férias.

Apesar de morar em Salvador, na Bahia, um local de muitas praias e redutos de beleza natural na orla, a estudante Nicolli D’Agu­­lham, 14 anos, que nasceu em Cu­­ritiba e passa a temporada 2012 no Litoral do Paraná, prefere curtir o balneário com um bronzeado à beira da piscina. "Aqui tem mais conforto. Quando posso, fico o dia todo na piscina", diz ela.

Além de pular na água e permanecer algumas horas ao sol, a jo­­vem se distrai ouvindo músicas e conversando com amigos, quando a entrada deles é permitida pela administração do prédio onde passa a temporada. Se nas areias a presença dos colegas é certa, na piscina não é tão fácil assim. "Aqui nem sempre deixam quem é de fora entrar e às vezes fica chato quando quero estar na piscina e meus amigos não podem vir até aqui", lamenta Nicolli.

A preferência por esse espaço particular, entretanto, não é consenso na família. A mãe de Ni­­colli, a comerciante Adriana D’Agu­­lham, 42 anos, gosta mais de ir à praia, para ter contato com a natureza. "A água do mar revigora nossas energias, mas nem sempre posso ir, porque tenho que acompanhar os filhos, que gostam mais da piscina", comenta. Quando as areias ficam lotadas, o refúgio é o espaço do prédio. "Praia cheia é horrível", diz.

Perto do mar

Se por um lado há quem goste tanto de piscina que nem coloque os pés na areia durante as férias, há quem prefira o contrário. O casal de namorados Tyhago Pessuti Balielo, empresário de 24 anos, e Josui Villaça Rodrigues, demonstradora de 32 anos, são de Curitiba e só aproveitam o verão na praia, com os pés na areia.

Para eles, nada pode substituir um dia de sol em frente ao mar. "Gosto mais de ter contato com as pessoas e com a natureza. Na piscina é tudo fechado e restrito", compara Balielo. Amantes do banho de sol nas areias, o casal, entretanto, está atento às sinalizações do Corpo de Bombeiros sobre perigos na água do mar, e do Insti­­tuto Am­­biental do Paraná (IAP), a respeito da qualidade da água. "Se tem al­­guma placa alertando algo, prefiro nem entrar no mar", disse Josui.

Há quem não se importe com o ambiente e aproveite tanto a água do mar quanto a da piscina durante o verão. A professora Flá­­via Letícia Silva, 31 anos, de Curi­­tiba, passa a manhã nas areias. À tarde ela aproveita o sol e o calor no espaço mais reservado do edifício onde fica hospedada. Flávia tem a companhia dos pais, Do­­rival Antônio Silva, aposentado de 60 anos, e Sônia Soares Silva, aposentada de 56 anos, que seguem a mesma rotina.

A família vê prós e contras nos dois ambientes. Para a professora, o bom de estar na piscina é a comodidade e o espaço mais re­­servado, além de ser uma boa opção para quando a areia está lotada. Para o pai, a receita da diversão da família é o equilíbrio entre os dois ambientes, não sem apontar sua queda pelas areias. "A praia tem uma brisa melhor e a paisagem é muito mais bonita".

Cuidados em piscina e em praia são diferentes

Praia ou piscina, não importa: em qualquer lugar, os veranistas precisam ficar atentos para evitar problemas de saúde, especialmen­­te em relação à pele. A dermatologista do Hospital Vita Curitiba Fabia­­ne Mulinari Brenner recomenda que pessoas com pele seca frequentem mais a praia. "O ba­­nho de mar hidrata, enquanto a água da piscina pode ressecar a pe­­le por causa dos produtos químicos". A recomendação, segundo a especialista, também vale para os cuidados com os cabelos. "Depois de sair da piscina, é bom usar um hi­­dratante para a pele e nos cabelos aplicar creme ou condicionador".

Como a água do mar não é tratada, o problema é a sujeira que pode atingir feridas da pele. A dermatologista aconselha que, neste caso, os banhistas escolham o ba­­nho na piscina, que tem água mais limpa, para evitar infecções. Os pais e responsáveis, acrescenta Fabiane, devem ter atenção especial com as crianças dentro do mar. "Geralmente elas bebem a água e isso pode causar intoxicação".

Ainda sobre a permanência na praia, Fabiane alerta que a exposição ao sol nesse ambiente é mais intensa do que na piscina. "A areia e a água do mar refletem a luz do sol, o que aumenta a intensidade da luz". Ela aconselha o uso do protetor solar com mais frequência na areia, com a camada de creme renovada a cada hora.

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