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A equipe da Gazeta do Povo percorreu a trilha do parque | Fotos: Hedeson Alves/Gazeta do Povo
A equipe da Gazeta do Povo percorreu a trilha do parque| Foto: Fotos: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Veja algumas orientações antes de fazer o passeio

- São permitidos grupos de no máximo 15 pessoas. Grupos maiores impedem que todos escutem as informações dadas pelo guia e causam um impacto grande nas trilhas.

- Evite caminhar sozinho.

- Em dias chuvosos, as trilhas e pontes de madeira ficam escorregadias e podem causar acidentes.

- Ande somente pelas trilhas sinalizadas.

- Pare somente nos locais de descanso permitidos.

- Apesar de as trilhas serem de fácil acesso, é conveniente usar tênis.

- Não retire mudas ou plantas silvestres da mata. Para quem quiser levar uma espécie, existem as do viveiro.

- Use roupas claras para não atrair insetos e use repelentes.

- Não jogue lixo.

- É proibido passear nas trilhas de moto ou bicicleta.

- É proibido fumar no parque.

  • O colorido das espécies que compõem a flora, como as orquídeas, encanta os visitantes
  • A bromélia é um dos destaques da vegetação do parque

Pode parecer mentira, mas é possível fazer uma caminhada no meio da mata em pleno município de Matinhos, a 600 metros da praia. Há mais de dez anos, está aberto para visitação o Parque Florestal do Rio da Onça, localizado entre os balneários de Riviera e Praia Grande.

Com 1.567 metros de trilhas de fácil acesso, que demoram no mínimo 45 minutos para serem percorridas, o local é uma boa opção para quem quer fugir do tumulto e do calor. Mesmo em dias muito quentes, a vegetação contribui para que os visitantes façam uma caminhada agradável. E informativa, caso seja solicitada a presença do guia, o que não é obrigatório.

Segundo Laudicéia de Melo Viana, gerente do Parque do Rio da Onça, o verde encontrado no local nem sempre esteve lá. Depois de muita devastação e até do uso do espaço como depósito de lixo pelo município de Matinhos, em 1981, foi criada a reserva ambiental para preservar o que ainda existia. "A maioria da vegetação vista nas trilhas é secundária, produto do reflorestamento feito após a criação do parque", explica.

Diante das mais diferentes espécies – que atraem cerca de dez mil visitantes por ano, incluindo muitos estrangeiros – uma das que mais se destacam é a bromélia. Existe no parque um mirante dedicado somente a ela, de onde o visitante pode ver os diferentes tipos e tamanhos. Para os amantes da espécie, é recomendada a visitação entre setembro e novembro ou em março, época em que as bromélias florescem. No verão, entretanto, o espetáculo também é garantido.

É possível ver ainda outras espécies interessantes, como as orquídeas. Já os admiradores de pássaros, com um pouco de sorte, podem observar o raro bicudinho-do-brejo ou a maria-catarinense. A fauna do local também abrange outros animais: o quati, a capivara, o tatu, o macaco-prego, o cachorro-do-mato e o gato-do-mato são os mais comuns.

A puma Felis concolor, vulgarmente chamada de onça parda e que dá nome à reserva florestal, não é vista no local desde 1995. "Tudo indica que ela foi para outra região. No balneário de Parati, em Matinhos, e do outro lado da rodovia Alexandra-Matinhos os indícios do felino são vistos frequentemente", conta a gerente.

Estrutura

Segundo Laudicéia, existe um projeto para ampliar o parque dos atuais 118,5 hectares de área para 3,6 mil hectares. A ampliação está na fase final, dependendo apenas de processos burocráticos.

Mesmo com o tamanho atual, o Parque do Rio da Onça já conta com uma boa estrutura para atender os visitantes, com prioridade para a educação ambiental das crianças. Em um auditório para 50 pessoas, são feitas palestras e mostrados vídeos de cerca de dez minutos sobre a fauna e a flora da região.

Em exposição, existem diversos fósseis de animais nativos. Além disso, cinco enciclopédias completas fazem parte da biblioteca, que conta com 750 volumes e é aberta para consulta da comunidade.

Leve a natureza para casa

Além de conhecer as espécies nativas do Litoral paranaense ao percorrer as trilhas, os visitantes do Parque do Rio da Onça ainda podem levar um exemplar da mata para casa. Para isto, há um viveiro no local que produz mudas, que são doadas e usadas no reflorestamento.

No viveiro é possível encontrar as seguintes espécies de árvores nativas da reserva: palmito, cedro-rosa, pau-d'alho, araçá, ipê-amarelo, guanandi, aroeira, aleluia, pé-de-goiaba e maricá.

"Quando as crianças vão embora, cada uma cuida de uma árvore. Nós fazemos o reflorestamento e um acompanhamento, trocando as que morrem", conta Laudicéia.

Como chegar

O Parque Florestal do Rio da Onça fica localizado entre os balneários de Riviera e Praia Grande, a 4 quilômetros do centro urbano de Matinhos, e a 126 quilômetros de Curitiba. Para os interessados em visitar o local, basta pegar a estrada em direção a Praia de Leste e observar a placa que indica o parque, onde é necessário entrar à esquerda, na rua ao lado da casa de tintas Riviera. Saindo da rodovia, o visitante deve seguir reto até passar uma pequena ponte, virar à direita e seguir até a entrada da reserva.

Durante a temporada, o parque é aberto todos os dias, das 8 às 11h30 e das 13h30 às 17 horas. A entrada é gratuita e o agendamento dos grupos deve ser feito pelo telefone (41) 3453-2472.

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Interatividade

Tem alguma sugestão de passeio nos litorais paranaense e catarinense?

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