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A Caiobanda reuniu gente de todas as idades. A festa foi até as 2h30 da madrugada desta segunda-feira | Valterci Santos/Gazeta do Povo
A Caiobanda reuniu gente de todas as idades. A festa foi até as 2h30 da madrugada desta segunda-feira| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo
  • Teve até homem vestido de mulher na folia. A índia Rebeca - vestida de enfermeira - é na verdade o gerente de vendas Vinícius Cordeiro
  • O trio formado pelas amigas Mônica Cruz, Amanda Varella e Jully Francine reclamou das cantadas dos rapazes
  • Lucia Soutello chefiou o grupo das

Se a Matinbanda no sábado (13) foi boa, no domingo (14) a Caiobanda foi ainda melhor. Eis a percepção de muitos que brincaram as duas primeiras noites de carnaval em Matinhos. Em termos de público, a Caiobanda alcançou a marca de 2009, levando 300 mil pessoas para a Avenida Atlântica, segundo estimativa da Polícia Militar (PM). No sábado (13), o público da Matinbanda foi de 200 mil pessoas.

"Um dos motivos para haver mais gente no domingo, mesmo tendo praticamente as mesmas atrações de sábado, é a tradição do nome Caiobanda, que ainda pesa muito", explica Gilson Moreira Macarrão, vocalista da banda Bombahia, que tocou nas duas noites.

No domingo, o grupo abriu a avenida às 22h23, ao som do raggae "Semente", de Armandinho, agradando especialmente a estudante Evelyn Moraes, de Candói (PR), que estava desde as 22 horas com a família aguardando o início da festa. "Adoro todos os ritmos, mas sou louca por raggae", contava ela, já embarcando na dança.

Em seguida, foi a vez de a banda atacar com o axé "Vixe Maria", do Araketu, e muitos outros hits de toda a plêiade carnavalesca – Asa de Águia, Babado Novo, Banda Eva e afins –, passando também para o rock e o sertanejo com a maior naturalidade.

Atrás do Bombahia, outros três trios elétricos com som mecânico – cada um deles tocando música eletrônica, funk e sertanejo – também saíram do Sesc de Matinhos em direção ao final da Praia Brava de Caiobá. O percurso foi encerrado por volta das 2h30 da manhã, com a presença de uma pancada de chuva que refrescou os foliões.

Pura fantasia

Durante toda a noite de domingo (14) a profusão de fantasias foi intensa pela Avenida Atlântica. Destaque para um animado grupo de Negas Malucas, de cabelões afro e cobertas de tinta negra, que saíam dançando com os foliões. "O personagem que eu criei pra mim é o da Jucinete, uma nega maluca como há muito não se vê mais por aí", dizia Lúcia Soultello, 40 anos, que possui um grupo de teatro em Matinhos.Uma tribo de "índias" – na verdade marmanjos travestidos de mulher – também roubava a cena. "A ideia é aplicar injeções de bom ânimo nessas pessoas", dizia a índia Rebeca (na verdade o gerente de vendas Vinícius Cordeiro, 33 anos) que ao mesmo tempo envergava apetrechos de enfermeira. Jovens vestidos de bebês, só de fralda e mamadeira na mão, – "em busca das babás perfeitas", segundo eles – também bagunçavam a festa, que até o fim se manteve pacífica, apesar de uma ou outra confusão menor, segundo a Polícia Militar. "Não precisamos fazer nenhuma prisão e o público em geral se comportou bem. Muita gente também colaborou com o trânsito deixando os seus carros em casa", afirmou o Relações Públicas da PM Clayton Lima.Azaração na avenida

No quesito azaração, o domingo (14) de carnaval em Matinhos também foi agitado. A cena mais corriqueira era ver homens desesperados usando de todas as artimanhas para conquistar nem que fosse um mísero "selinho" de carnaval. Do outro lado, a maioria das mulheres se fechava a galanteios tortuosos, abrindo exceções a uns poucos escolhidos. "Cantada ruim perde ponto na hora né", dizia a estudante Mônica Cruz, de Tubarão (SC), para a prima Amanda Varella, 21, e a amiga Jully Francine, 23, as duas últimas de Curitiba. O sujeito que não tiver a mínima coisa para dizer ou então chegar agarrando, segundo o trio, com elas não tem vez.

Já o publicitário curitibano Aderson Fugiwara, 28 anos, que estava com mais oito amigos, também tinha suas reclamações sobre as mulheres. "Há muitas curitibanas por aqui, e aí todo mundo sabe: é aquele jogo duro sempre", dizia o publicitário. "E o pior que, nesse carnaval, até as feias estão se achando", completava o amigo Guilherme Piva, 23 anos. De acordo com eles, a estratégia de formar uma rodinha em torno das mulheres, exigindo pedágio de passagem – isto é, um beijo – não andava surtindo muito efeito.

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