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As mulheres devem reforçar os cuidados com a higiene pessoal no verão, principalmente por causa do calor. Uma das doenças mais comuns nessa época é candidíase, causada pela alteração da acidez na vagina. Quando há redução dos bacilos de defesa da flora de proteção, fica mais fácil a proliferação do fungo Candida albicans. Além disso, a candidíase também pode ser transmitida através da relação sexual sem prevenção.

De acordo com o médico Jean Furtado Francisco, chefe do serviço de Ginecologia do Hospital Evangélico, todas as mulheres têm o fungo. No entanto ele causa a doença apenas quando há alteração na acidez. "É essencial manter a higiene. E as mulheres nunca devem compartilhar toalhas e peças íntimas, pois podem se contaminar", afirma o médico ginecologista.

Para evitar a doença, Francisco ainda recomenda que no verão as mulheres escolham os tecidos leves, especialmente o algodão, e evitem os sintéticos. Também é recomendável a utilização de sabonete neutro e que a mulher não deixe a região íntima úmida após o banho. "As mulheres também devem evitar as duchas vaginais porque podem ocasionar a remoção dos bacilos de defesa", alerta.

Francisco explica que a proliferação do fungo também pode ser o indicador de outras doenças, como diabetes, tireóide, HPV, entre outras. Elas causam mudança na acidez, facilitando assim o aparecimento do Candida albicans.

Os principais sintomas da doença são coceira, inchaço e inflamação na vagina, além de secreção esbranquecida e densa. "A coceira causa muito desconforto nas pacientes, e as vezes chega a ser tão intensa que acaba ocorrendo lesão na pele", explica Francisco.

O ginecologista alerta que caso a mulher esteja com o fungo, o parceiro também precisa se tratar. Pois ela pode passar o fungo para o homem na relação sexual sem proteção. Além disso, se ela se tratar e o parceiro não, depois que ela já estiver curada, pode ser novamente contaminada durante a relação sexual. "No homem o fungo se aloja na uretra e a doença não tem sintomas", afirma.

Na maioria dos casos o tratamento é simples. A mulher precisa fazer aplicação de creme antifúngico sete a dez noites, e o casal deve tomar a dose única do comprimido antifúngico. O Sistema Único de Saúde (SUS) possui esses medicamentos.

O risco maior da doença é que ela facilita a entrada de outras bactérias e protozoários no sistema reprodutor feminino. Esses micro-organismos podem subir até o colo do útero, ovários, trompas e chegarem à região pélvica. Nos casos mais graves, essas "novas bactérias" podem causar infecções na bexiga e, em algumas situações, há a necessidade de fazer cirurgia. "Pode ocorrer também infecção generalizada, mas isso é raro", afirma o chefe do serviço de ginecologia do Hospital Evangélico.

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