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Ainda não será neste verão que os turistas vão receber um cartão magnético com seu nome e fotografia quando embarcarem nos terminais de Pontal do Sul e de Paranaguá com destino à Ilha do Mel. A adoção de uma carteirinha e de um controle informatizado de acesso à ilha foi anunciada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) como uma das novidades que entrariam em vigor no verão passado. Mas o projeto só deve ser implantado depois desta temporada.

O objetivo da carteirinha e do sistema informatizado seria coibir a entrada de visitantes "clandestinos". A capacidade de recebimento de turistas na ilha é de 5 mil pessoas ao mesmo tempo. Acima disso, o sistema de esgoto sanitário não dá conta e a qualidade da água das praias cai devido à poluição humana. Sempre que o número de 5 mil turistas é atingido, o acesso de novos visitantes é proibido. No entanto, devido à falta de um controle mais eficaz, durante o verão, em algumas datas, como ano-novo e carnaval, já ocorreu a entrada de visitantes clandestinos que acabaram por elevar a mais de 5 mil o número de turistas na ilha.

A adoção da carteirinha, além de combater a entrada dos clandestinos, também evitaria a fuga de receita pelo não-pagamento da taxa ambiental. Atualmente, a taxa é de R$ 16, independente da quantidade de dias que o turista fica na ilha. Por meio do novo sistema, a taxa seria calculada de acordo com o tempo de permanência do visitante. Ou seja, pagará mais quem ficar mais dias na ilha – justamente aquele que provocará um impacto ambiental maior.

O projeto do IAP deve ser posto em prática por meio uma parceria do IAP com a Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e a Ecoturismo. Segundo o diretor-presidente do IAP, Rasca Rodrigues, o novo sistema só não foi implementado pela falta de estrutura na área de informática. "Nosso desejo é implantá-lo no primeiro semestre do próximo ano", diz.

Para este verão, o IAP continuará informando, por meio de três placares instalados nas rodovias de acesso a Pontal do Sul, o número visitantes que podem entrar na ilha, afirma Reginato Bueno, chefe do IAP no litoral. O objetivo é evitar que veranistas sejam surpreendidos pela interdição repentina do acesso caso o limite de 5 mil visitantes seja atingido.

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