Nem a chuva, muito menos as fortes rajadas de vento que sopraram na praia de Caiobá, em Matinhos, na madrugada de quinta para sexta-feira (31 e 1.°) foram capazes de impedir que a orla e as ruas fossem tomadas por milhares de veranistas na noite de réveillon.
O show pirotécnico da virada de ano teve 400 tubos de fogos de artifício instalados em seis pontos diferentes e duração de 12 minutos. Além do espetáculo de fogos, também havia três trios elétricos espalhados pela Avenida Atlântica para animar o público.
A cascata de fogos programada para acontecer em um prédio de Caiobá, no entanto, não aconteceu devido às más condições do tempo - a previsão é de que o tempo continue nublado nesta sexta-feira. O lançamento de foguetes em um ponto surpresa também foi cancelado.
Sentados nas pedras da Praia de Brava de Caoibá, o técnico mecânico Paulo César Stocco, 46, a esposa, a dona de casa Dilva Maria Centron Stocco, 47, a fiha Paula Centron Stocco, 16, e a amiga dela, Luana Nunes de Souza, 16, esperavam atentos pelos fogos de ano-novo. Moradores de Curitiba, eles chegaram na véspera do ano-novo a Matinhos, alugaram uma casa, e correram para garantir o mesmo local de onde assistiram a virada para 2009. "Sempre passávamos em casa, mas aqui é muito mais divertido", opina Paula. "No réveillon para 2011 vamos montar um camarote aqui", brinca Stocco.
O tradicional brinde com champanhe também não poderia faltar. Junto com ele, vieram os pedidos para o novo ano. Saúde, dinheiro, felicidade estavam entre os mais requisitados. "O mais importante é sempre melhorarmos como pessoa", pede Dilva.
Para o comerciante Edmilson Melo, 50, os pedidos foram feitos enquanto pulava as sete primeiras ondas de 2010. Ao lado da mulher, a propagandista médica Márcia Ferreira, 39, das filhas Caroline Melo, 13 e Camila Melo, 10, e da amiga, a representante comercial Adriana Paula Romfeld, 35, eles assistiram aos fogos da areia, em frente ao apartamento onde sempre passam a temporada. Além de usarem roupas brancas e comerem lentilhas em busca de paz e de sorte, não dispensaram o ritual de entrar no mar. "É tradição, mas não dá para esperar tudo cair do céu, tem de ir atrás", diz Melo.