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Para a guia Ana Assunção, esportes como ciclismo e canoagem são uma boa oprtunidade para ficar perto da natureza, conhecer a cultura dos locais por onde se passa e mexer o corpo | Fotos: Jonathan Campos / Gazeta do Povo
Para a guia Ana Assunção, esportes como ciclismo e canoagem são uma boa oprtunidade para ficar perto da natureza, conhecer a cultura dos locais por onde se passa e mexer o corpo| Foto: Fotos: Jonathan Campos / Gazeta do Povo

Sob controle

Cuidados para tornar sua aventura inesquecível e sem contratempos:

AlimentaçãoNão se esqueça de tomar um café da manhã reforçado antes de partir para o passeio. É importante estar bem alimentado para poder aproveitar ao máximo. É recomendado levar água e alimentos práticos, como barras de cereais e frutas, para repor as energias durante as atividades.

RoupasPrefira roupas leves, confortáveis e com tecido que não retenha suor. Vá com roupa de banho por baixo e, nma mochila, tenha toalha e uma muda de roupa.

CalçadoÉ provável que seu tênis volte encharcado e sujo de lama. Portanto, o ideal é usar calçados que sequem rápido. Também é importante ser antiderrapante e confortável. Leve um chinelo para a volta.

ProteçãoNão deixe de passar protetor solar e repelente de insetos antes e durante sua aventura. Óculos de sol também são recomendados.

RecordaçãoTenha sua máquina fotográfica sempre em mãos para registrar todos os momentos de seu dia. Só tome cuidado para não deixá-la cair nas atividades aquáticas. O melhor é envolvê-la em um plástico e deixar guardada na mochila quando não estiver sendo usada.

  • Vilas pacatas fazem parte do roteiro de cicloturismo em Morretes
  • Quando sobe o nível de rios e riachos, o jeito é carregar as bikes na mão
  • A descida de caiaque pelo Rio Nhundiaquara é tranquila, até para iniciantes

Bicicletas ao vento

A aventura começa às 9h30, em frente à Estação Ferroviária de Morretes, com o cicloturismo – que leva pouco mais de duas horas de passeio pela zona rural do município e percorre cerca de 20 quilômetros. Tudo isso, é claro, em companhia de bicicletas resistentes, capacetes e luvas para proteção.

Mesmo para quem não está no auge da forma física, o passeio não exige muito. São poucas as subidas íngremes e a maior parte do trajeto é em terrenos planos. Quando o cansaço começa a apertar, dá para parar e conhecer a produção de cachaça do Engenho da Serra. Refeitos e com a bike nas mãos, no colo ou em cima da cabeça, é chegada a hora de atravessar a pé pontes e riachos.

As paisagens são uma atração à parte. Cada vilarejo – são seis no total – tem uma beleza particular. Isso sem contar o Pico do Marumbi, que observa os turistas durante boa parte do percurso nos dias de céu aberto, o pântano abarrotado de cabeças de gado e as igrejinhas dos bairros América de Cima e América de Baixo. Os moradores da região, por sua vez, dão aulas de simpatia pelo caminho e não deixam um bom dia sequer sem resposta. "Essa integração com a comunidade é bem legal. Na capital, muitas vezes você passa despercebido. Aqui não", conta Ana Assunção, 30 anos, guia da Calango Expedições, empresa que há seis anos trabalha com turismo ecológico no Litoral.

Canoagem no Nhundiaquara

O sol no topo do céu indica o momento de largar as bicicletas, subir no jipe que leva até o Rio Nhundiaquara e aproveitar o percurso para passar repelente, filtro solar e escolher um salva-vidas na medida. É hora da canoagem: uma descida pelo Rio Nhundiaquara que dura aproximadamente uma hora e meia, feita em caiaques duplos, grandes e difíceis de virar. Quem não tem experiência com o remo, normalmente se bate um pouco até pegar o jeito, mas a correnteza mansa ajuda a tranquilizar os iniciantes. "É uma programação para toda a família sentir de perto a natureza. Dá até para fazer uma parada e tomar um banho de rio", diz Ana.

Sugestão prontamente aceita pela turma toda que, depois da diversão, rema mais alguns minutos até o centro de Morretes. A chegada é testemunhada pelos turistas que lotam os restaurantes que ficam à beira do rio. A aventura termina pouco depois das 14 horas. O próximo passo é trocar as roupas molhadas e repor as energias. De preferência em uma daquelas janelas que dão para o rio, com um barreado à mesa.

Turismo ecológico

Não faltam opções de ecoturismo no Litoral paranaense. Além de Morretes e Antonina – dois dos principais centros desse tipo de atividade no estado –, é possível praticar montanhismo, caminhada, cicloturismo, rafting, canoagem, boia cross, arvorismo e atividades verticais, como rapel e escalada. Outros dois destinos de aventura são Guaraqueçaba e Ilha do Mel.

O contato direto com a natureza proporcionado pelo turismo ecológico faz com que os visitantes também se sintam responsáveis pela fauna e flora do local. "Quando a pessoa vivencia a experiência de estar na natureza, fica mais sensível e desperta um zelo muito maior por tudo aquilo", garante o diretor comercial e sócio da Calango Expedições, Tiago Choinski, 30 anos.

Além de aumentar o poder de conscientização, o ecoturismo, segundo ele, é peça-chave para girar a economia das cidades que apostam nessa atividade. O segmento é um dos que melhor explora a presença do turista na região, permitindo que ele prolongue a estada, auxiliando assim outros setores do comércio. Para Choinski, em Morretes, por exemplo, o turismo gastronômico quase que monopoliza a atenção dos turistas. "O ecoturismo, por outro lado, tem papel inverso, já que a pessoa certamente precisará se alimentar e muitas vezes se hospedar na cidade por alguns dias. Outros setores acabam se beneficiando", explica.

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Serviço

Portal Paranaense de Turismo, fone (41) 3254-1516 e site www.turismo.pr.gov.br. Calango Expedições, Praça Rocha Pombo, sem número, Morretes, fone (41) 3462-2600 e site www.calangoexpedicoes.com.br.

Cooperativa de Ecoturismo de Guaraqueçaba, Avenida Ararapira, sem número, Guaraqueçaba, fone (41) 3482-1313 e site www.visiteguaraqueçaba.com.br. Cormorano Ecoturismo, fone (41) 8403-8056 e site www.cormorano.com.br. Praia Secreta Expedições, fone: (41) 3256-3333 e site www.praiasecreta.com.br.

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