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Uma das tentações da feira é o X-Cracóvia, feito queijo, carne de porco - a cracóvia -, bacon, e vinagrete | Priscila Forone / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Uma das tentações da feira é o X-Cracóvia, feito queijo, carne de porco - a cracóvia -, bacon, e vinagrete| Foto: Priscila Forone / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Serviço

Feira de Sabores do Paraná

Horário: das 16h às 23hLocal: Ginásio de Esportes do SertãozinhoEndereço - Avenida José Arthur Zanlutt, s/n – bairro SertãozinhoEntrada francaMatinhos - até 16 de janeiroEm Guaratuba – de 21 a 31 de janeiro

  • Outra opção é a cerveja puro malte, feita com água, malte, lúpulo e fermento, sem adição de conservantes, açúcar de cana e corantes

A Feira de Sabores do Paraná, evento organizado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) para promover a agricultura familiar do estado, é uma boa opção de passeio para quem está curtindo as férias no Litoral do Paraná. Até o dia 16 de janeiro, mais de 60 expositores estarão reunidos no Ginásio de Esportes do Sertãozinho, no bairro Sertãozinho, com produtos que vão de cerveja artesanal e geléias de pimenta a travesseiros terapêuticos, artesanato e um sanduíche feito com uma das partes mais nobres do porco.

De acordo com o coordenador da feira, Éder Dalla Pria, o evento é uma oportunidade para os produtores não apenas apresentarem seus produtos, mas conquistarem o estômago do cliente. Na hora. "É quando ele pode testar o seu produto e observar como está sendo a aceitação do cliente, que pode degustar o que está sendo vendido antes de levar", afirma.

Durante as inscrições, de acordo com Dalla Pria, mais de 100 produtores procuraram a secretaria para participar da feira, o que demonstra o potencial da exposição para os agricultores. "Não temos condições de aceitar todos, até porque é preciso variar a cada ano e dar oportunidade a todos, mas está sendo um sucesso". A Feira, que começou em Curitiba, no Parque Barigui, está em sua 12ª edição. De 21 a 31 de janeiro, será a vez de Guaratuba receber os estandes.

Lei da Pureza seguida à risca

O mestre cervejeiro Heraldo Gillung, de Palmeira (região de Ponta Grossa), promete a quem visitar a feira a degustação de uma cerveja autêntica – a chamada cerveja puro malte, feita apenas com água, malte, lúpulo e fermento, sem adição de conservantes, açúcar de cana e corantes. "Elas seguem a Lei da Pureza, de 1516, da autoria do Kaiser Guilherme IV, que proibiu cerveja com cereais não maltados. Até então, era comum que ele bebesse cerveja e tivesse ressaca depois, por conta da má qualidade das cervejas. A partir da lei, não teve mais esse problema".

A produção de Gillung começou em 2004, após um curso na PUC que ensinava a fazer cerveja de acordo com a ‘lei alemã’. No começo, apenas amigos apreciavam a bebida, mas a demanda cresceu quando o cervejeiro passou a participar de feiras. "A feira é importante porque eu vendo a cerveja em casa, e se o cliente não experimentar antes numa feira, ele não vai até a minha residência para comprar".

Para a feira, Gillung trouxe quatro dos 15 tipos de cerveja que produz: Pilsen (clara e feita com malte de cevada), Weiss Bier (branca e com malte de trigo), Stout (preta e com malte torrado) e Rauchen (com malte defumado). "Garanto que com elas não tem ressaca depois".

X- Cracóvia e parceria

Uma das novidades da feira deste ano é o X-Cracóvia, do produtor José Francisco Franco, o Tio Chico, de Ponta Grossa. Feito com bacon, cracóvia, uma parte nobre da carne do porco, e vinagrete, o sanduíche é preparado em sua maioria com produtos de colegas, desde o queijo e o bacon até a pimenta e a própria cracóvia, além do café servido no estande do produtor.

Franco começou há 21 anos vendendo doces caseiros e esse ano resolveu apresentar o x-cracóvia para atender os visitantes durante o lanche da tarde. "O segredo é se unir. Isso é o que garante a sobrevivência dos pequenos produtores", afirma.

O resultado da participação em feiras está agradando o produtor. "Mesmo naquelas em que você não vende nada, em que você tem prejuízo, há retorno, pois dali a dois meses você fecha negócios. Não precisa ser imediato para surtir efeito", contou Franco, que aproveita a viagem para ir à praia e confraternizar com colegas. "No fim do dia, cada um leva o seu produto e se reúne para comer e conversar. Tem o ganho financeiro e também o social".

Contra o estresse, travesseiros

Quem está no litoral a passeio e quer fugir do estresse pode testar a eficácia dos travesseiros terapêuticos dos produtores rurais Eduardo e Maria de Lourdes Dias Ramos, de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, que participam da feira há 12 anos. Os travesseiros, "recheados" com sementes e ervas como capim limão, camomila, marcela e espinheira santa, prometem ajudar no combate ao estresse, asma e insônia. A idéia surgiu após Maria de Lourdes ler sobre a terapia em uma revista, à procura de tratamento alternativo para a asma de um dos filhos, e também foi uma forma de agregar valor à produção de sementes e ervas na propriedade rural do casal, que está no ramo há 15 anos.

Para Maria de Lourdes, a feira é uma forma de tornar o produto conhecido sem a necessidade de se investir muito. "Eu não teria condições de abrir uma loja para divulgar os produtos, então, a feira nos ajuda muito nesse sentido". Além da feira de Sabores, o casal também expõe os produtos – os travesseiros, as ervas e também bolsas para cólicas e máscaras para dormir – no Largo da Ordem, em Curitiba.

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