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Em um dos restaurantes fiscalizados pela Aifu no Litoral, lixo estava acumulado | Daniel Macedo/PM
Em um dos restaurantes fiscalizados pela Aifu no Litoral, lixo estava acumulado| Foto: Daniel Macedo/PM

Ambiente limpo

Veja como o consumidor pode fiscalizar o local onde se alimenta.

> Fique atento à presença de insetos.

> Verifique se os balcões e bufês estão limpos e protegidos.

> Preste atenção se os cozinheiros usam toucas descartáveis, ou, no caso dos homens, pelo menos boné.

> Os funcionários que preparam e servem os alimentos devem estar com as unhas limpas, aparadas, sem esmalte ou anel, e não podem ter contato com dinheiro.

> Observe se no banheiro e na cozinha existe sabonete líquido, água corrente e papel toalha para higienização das mãos.

> O consumidor tem o direito de conhecer a cozinha do estabelecimento, mas para isto deve cumprir as mesmas regras de higiene dos manipuladores.

> Ketchup e maionese devem ser oferecidos sempre em sachês.

Fonte: Vigilância Sánitária

Matinhos - A falta de higiene já resultou na interdição de quatro estabelecimentos que trabalhavam com alimentos pela Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) – força-tarefa de fiscalização formada pela Vigilância Sanitária, polícias Militar e Civil, Conselho Tutelar, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e prefeituras – desde o início da temporada, dia 19 de dezembro. Cerca de 1.020 locais foram fiscalizados. A operação envolve inspeções em bares, restaurantes, lanchonetes, danceterias, entre outros.

Em relação à higiene, a médica da Divisão de Vigilância Sanitária de Alimentos da Secretaria Estadual de Saúde Marise Penteado de Melo informa que as principais notificações são em relação à falta de limpeza, armazenamento inadequado de alimentos, produtos vencidos e até lixo estocado. Foram os casos de dois restaurantes interditados pela Aifu semana passada. No primeiro, em Matinhos, foram encontrados alimentos com prazo de validade vencido, além de o estabelecimento não ter alvará de funcionamento.

No segundo, em Guaratuba, a situação era pior. Na cozinha, os fiscais encontraram baratas dentro dos alimentos que seriam utilizados para o preparo do almoço e até dentro de uma frigideira com óleo. O estabelecimento era reincidente, com duas outras interdições pelos mesmos motivos em temporadas anteriores. Em uma delas, em 2008, uma tonelada de frutos do mar foi inutilizada por estar contaminada pelo acondicionamento incorreto.

Marise explica que todos os estabelecimentos que lidam com alimentos devem obedecer resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entre elas, anti-sepsia, limpeza, higienização e desinfecção do estabelecimento. Bem como controle de vetores e pragas urbanas, como insetos e outros animais, e a correta manipulação dos alimentos. Por isso, alerta Marise, o consumidor também deve estar atento onde se alimenta (ver orientações no quadro ao lado).

Outras irregularidades

O coordenador da Aifu, o delegado Benedito Facini, conta que desde o início da operação já foram expedidas quase 500 autuações administrativas, que incluem, além da fiscalização da higiene, questões relacionadas a alvarás de funcionamento, cumprimento das normas de segurança do Corpo de Bombeiros, perturbação de sossego, presença de crianças e adolescentes em bares, entre outras. No total, 74 estabelecimentos foram fechados temporariamente ou definitivamente – nos casos em que o proprietário não tenham regularizado os procedimentos notificados pela Aifu no tempo solicitado.

Facini explica ainda que o objetivo da operação não é suspender as atividades comerciais, mas garantir que os estabelecimentos cumpram suas obrigações legais. "O consumidor também deve estar atento e fiscalizar à sua maneira", ressalta. "Em caso de dúvida, ele pode procurar a prefeitura, as unidades policiais ou a Vigilância Sanitária."

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