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Como as aulas de Candela começam só no dia 28, a família Izequiel deixou para voltar para a Aregntina daqui duas semanas | Valterci Santos / Gazeta do Povo
Como as aulas de Candela começam só no dia 28, a família Izequiel deixou para voltar para a Aregntina daqui duas semanas| Foto: Valterci Santos / Gazeta do Povo
  • Neste ano, os Ossuné resolveram experimentar a calmaria de Shangri-lá

Fazendo inveja aos estudantes brasileiros, que no último fim de semana tiveram de subir a Serra do Mar e trocar as areias do Litoral paranaense pelas salas de aula, crianças e adolescentes dos vizinhos Paraguai e Argentina aproveitam as férias escolares prolongadas nas praias do Paraná. Ao contrário do Brasil, em que o ano letivo começou no último dia 7, nesses países, los niños têm até o fim de fevereiro para aproveitar as praias das bandas de cá.

Assim como faz há seis anos, a família Ossuné, de Assunção, capital do Paraguai, veio para o Brasil em busca de água morna, areia branca e tranquilidade. Cansados do agito das praias de Santa Catarina, pela primeira vez, eles desembarcaram no Litoral do Paraná, em Guaratuba. De acordo com o contabilista Augusto Ossuné, 48 anos, a escolha da praia foi baseada nos filhos Xavier, 8 anos, e Nicolas, 7. "Camboriú foi ficando agitada e perigosa demais. Aqui é seguro, sossegado e meus filhos podem brincar à vontade", afirma.

E brincam mesmo. Torcedores dos maiores times de futebol do Paraguai, Olímpia e Cerro Porteño, os dois aproveitam a praia quase particular para jogar futebol e brincar na água. "Eles não param um minuto. Mas é bom, no Paraguai não tem praia, eles ficam felizes aqui", diz a mãe dos meninos, Gladis Ossuné, enquanto observa a dupla na água, no balneário Shangri-lá, em Pontal do Paraná. Eles ficam mais uma semana por aqui, antes de encarar os 1.289 quilômetros que ligam o Litoral à capital paraguaia. As aulas de Xavier e Nicolas começam no dia 28 de fevereiro.

O casal Marcelo Izequiel, 52 anos, e Cláudia Izequiel, 44 anos, de Resistência, capital da província do Chaco, na Região Norte da Argentina, aproveita as férias prolongadas da filha Candela, 14 anos, para curtir as praias do Paraná. "As aulas dela só começam no fim de fevereiro. Então temos mais duas semanas para conhecer o Litoral", diz.

Beneficiada pelo calendário escolar argentino, Candela afirma que gosta mesmo é de curtir a praia. Muito jovem para badalar à noite, ela acorda cedo para aproveitar o sol na Praia Mansa, almoça, tira um cochilo à tarde e passeia com a família. À noite, o programa dos três é dar uma volta no calçadão e jantar nos restaurantes da região. "A parte ruim é que as férias estão acabando. Queria mais um mês", diz a menina. A família Izequiel rodou 1.393 quilômetros para chegar a Matinhos. O plano deles é volta para casa um fim de semana antes de começarem as aulas de Candela.

Invasão

Visitantes tradicionais das praias catarinenses, argentinos e paraguaios começaram a optar pelas areias do Paraná. Nesta temporada, está difícil caminhar pela praia sem ouvir alguma palavra em espanhol. No trânsito é a mesma coisa. Carros com placas da Argentina (azuis) e do Paraguai (vermelhas) ajudam a contabilizar o número de hermanos no nosso Litoral. "A quantidade de paraguaios e argentinos aumentou muito nesta temporada. Acho que eles cansaram de Santa Catarina", brinca o vendedor de coco, Josué Batista.

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