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A filipina Meriam Ridder já rodou o mundo e agora quer morar em Matinhos |
A filipina Meriam Ridder já rodou o mundo e agora quer morar em Matinhos| Foto:

Tem gente que se encanta com o Brasil, resolve morar por aqui e acaba trabalhando com outros turistas. Foi o que aconteceu com o belga Emmanuel Serruys, de 60 anos, que mora em Morretes há cinco e trabalha como recepcionista no restaurante Villa Morretes. Sua primeira viagem ao Brasil aconteceu em 1993, para visitar um amigo padre que morava em uma aldeia nos arredores de Londrina, no Norte do Paraná. De lá para cá, o país entrou na rota de suas viagens.

Apesar de ter rodado o Brasil – passou por Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo e Foz do Iguaçu –, foi em Morretes que decidiu viver. "Aqui a criminalidade é baixa e a natureza é única", afirma Serryus, que é agrônomo. Em 2001, ele comprou uma chácara e em 2005 se mudou definitivamente para o Brasil. Na Bélgica, ficaram filhos, netos e a mãe, que tem 86 anos. "Em dezembro estive lá pela primeira vez nestes cinco anos. É um lugar agradável para visitar, mas é aqui que gosto de viver", diz, deixando claro que sair do Brasil não está em seus planos.

Serruys é poliglota: fala brugs (dialeto de sua cidade natal), flamengo, francês, alemão, inglês, um pouco de dinamarquês e "brasileiro". "É que o português daqui é bem diferente, né", brinca. Sua fama já se espalhou entre os estrangeiros que vão a Morretes. "Tem gente que diz que ‘vai no belga’. Acho que nem lembram o nome do restaurante", conta aos risos.

O argentino Ariel Sosa, de 37 anos, também usa a habilidade com os idiomas a seu favor. Morando no Brasil há 12 anos, ele é o recepcionista do Hostel Zorro, na Ilha do Mel. Além do português, ele fala inglês e espanhol. "Normalmente, quem vem para cá arranha um espanhol, mas não entende nada de português", conta. Há dois anos na Ilha do Mel, Sosa está acostumado à rotina da ilha. "O verão é muito agitado, mas o resto do ano é tranquilo. Um bom lugar para se morar", diz.

A tranquilidade e o povo cordato foram definitivos para que a filipina Meriam Ridder, de 36 anos, decidisse morar em Matinhos. "Quando cheguei aqui e conheci as pessoas, pensei: eu pertenço a esse país, é aqui que vou ficar", diz a filipina, que já morou na Holanda e deu boas voltas pela Ásia, Europa e África. Apesar de falar alemão, inglês e malei, ela ainda não aprendeu o português. No começo, a comunicação com os vizinhos era na base da mímica. O marido, um brasileiro que foi adotado por estrangeiros, mora na Holanda e deve vir para Matinhos no próximo ano. "Já pedi meu visto. Quero ficar aqui para sempre", diz Meriam. (FT)

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