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Segundo Maria de Fátima Aguiar, clientes têm colaborado com a lei | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Segundo Maria de Fátima Aguiar, clientes têm colaborado com a lei| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Durante a temporada no Litoral, é comum algumas pessoas terem a falsa sensação de que as regras de convívio social ficam mais frouxas, como no caso do cumprimento da lei estadual antifumo, em vigor desde 30 de novembro. Mas os órgãos de fiscalização alertam: não é porque o veranista está de férias que poderá fumar em ambientes proibidos. "Sabe­mos que nessa época o veranista bebe além da conta e pode achar que está em um ambiente mais liberal, sem fiscalização, mas a lei é clara. Primeiro ele será abordado pelo comerciante, que deve chamar a polícia se o cliente se negar a cumprir a lei. Se com a solicitação da polícia ele insistir em não apagar o cigarro, pode ser preso por desobediência", enfatiza o coronel Honório Olavo Bortolini, coordenador da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) - força-tarefa que reúne as polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária.

Nos 17 primeiros dias da temporada, ninguém foi preso e nenhum estabelecimento multado por descumprir a lei - houve apenas duas advertências verbais a comerciantes. Ao contrário do receio de antes da temporada, quando muitos proprietários de bares, restaurantes e casas noturnas temiam ter de apertar o cerco aos fumantes, a maioria dos clientes já chega aos estabelecimentos consciente.

No Bar e Restaurante Burghe­zia, no balneário de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná, a proprietária Maria de Fátima Aguiar conta que teve receio de perder clientela. Antes da temporada, ela chegou a perder clientes quando os abordou para que apagassem o cigarro. Com o início da temporada e a fixação de adesivos alertando a proibição, os clientes acabaram absorvendo as regras. "Não tive mais problemas. Felizmente, as pessoas estão respeitando". No restaurante Cantina do Nôno, em Matinhos, o funcionário Orivelto Codeiro também conta que a aceitação está positiva. "As pessoas já vêm informadas. Quando alguém quer fumar, se levanta e vai para a rua", relata.

Fumante, a empresária Marise Mandelli, considera positiva a extinção dos fumódromos. Mas reprova a proibição de fumar em calçadas. "A lei diz que eu tenho de fumar a 2 metros do local, o que equivale ao tamanho da calçada. Se eu não posso fumar nesse espaço, vou te de fumar no meio da rua?", indaga. Já a funcionária pública de Curitiba Vanessa Griberg, que não fuma e passa o verão em Matinhos, concorda com a lei e diz que todos devem colaborar. "Todos nós devemos fiscalizar", enfatiza.

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