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Ano-novo

Litoral dá boas-vindas a 2010

Estimativas apontam que público de 2,2 milhões circulou pelas praias no fim de semana, gastando cerca de R$ 200 milhões

Estimativa da Polícia Militar aponta que aproximadamente 400 mil pessoas circularam pela orla de Matinhos e Caiobá só no primeiro dia do ano | Fotos: Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Estimativa da Polícia Militar aponta que aproximadamente 400 mil pessoas circularam pela orla de Matinhos e Caiobá só no primeiro dia do ano (Foto: Fotos: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)
Gilson e Marina Albertoni gastaram perto R$ 50 por dia cada no feriado |

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Gilson e Marina Albertoni gastaram perto R$ 50 por dia cada no feriado

Eduardo López e a família economizaram o ano todo para gastar na praia |

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Eduardo López e a família economizaram o ano todo para gastar na praia

O Litoral paranaense atingiu recorde de movimento neste ré­­veillon. Segundo a Polícia Militar (PM), 2,2 milhões de pessoas circularam nas praias do estado entre o fim de 2009 e o início de 2010 - nú­­mero maior do que os 2 milhões de pessoas previstos pela Asso­­ciação de Hotéis, Pousadas, Res­­taurantes, Casas Noturnas e Prestadores de Serviço do Litoral Paranaense (Assindilitoral). Os resultados comerciais também superaram as expectativas, se­­gundo a Assindilitoral, atingindo R$ 200 milhões entre os dias 31 de dezembro e 3 de janeiro.

O pico de circulação no ano-novo e os números positivos já estavam previstos. Ainda segundo a PM, só no primeiro dia do ano, 400 mil pessoas circularam pela orla de Matinhos e Caiobá – mais do que a população de Maringá, que é de 335 mil pessoas. A PM calcula que o fluxo de pessoas nas praias foi 40% maior do que o feriado de Natal.

A estimativa dos comerciantes é de que cada turista tenha gastado, em média, R$ 40 por dia desde a virada de ano até ontem. O cálculo é feito com base no número de pessoas que circularam pelo Litoral, tendo como ocupação mínima 1 milhão de pessoas por dia e o ápice de 2 milhões. Para o presidente da Assindilitoral, José Carlos Chicarelli, nunca houve situação parecida. "Até os mais pessimistas ficaram contentes com os ganhos. O comércio chegou a esvaziar prateleiras, os hotéis estavam com lotação praticamente máxima e todos os restaurantes tinham fila para entrar", conta. "Não temos do que reclamar. Foi além do esperado. Chegou até a faltar gasolina hoje (ontem) nos postos de combustíveis", diz o presidente da Associação Comercial de Ma­­tinhos, Adalto Luders.

Para Luders, os resultados são explicados pelo bom tempo – não choveu o suficiente para espantar os veranistas – e pela melhora no poder aquisitivo da população. A temporada mais curta, espremida pelo fim tardio das aulas e com o carnaval marcado para a metade de fevereiro, concentrou os turistas e também fez com que os gastos fossem maiores. Além disso, a proximidade com a capital é considerada como vantagem sobre as praias catarinenses. "Estamos no quintal de Curitiba, isso também colabora muito", garante.

Gastos

O funcionário público Gilson Albertoni, 52 anos, e a esposa, a bancária Marina Albertoni, alugaram com amigos e parentes uma casa em Matinhos para passar a temporada. O casal se surpreendeu com a quantidade de pessoas que encontrou no Litoral. Para tentar economizar, o casal trouxe tudo o que podia de Curitiba. Mesmo assim, não escaparam de colocar a mão no bolso. "A gente gasta muito com lanche, sorvete. Cada pessoa gasta pelo menos R$ 50 por dia aqui na praia", calcula Marina.

Para o engenheiro argentino Eduardo López, 54 anos, que há 35 escolhe as praias paranaenses co­­mo o destino de férias da família, economizar não é problema. Junto com a mulher, a advogada Celina López, 44, três filhos e o sobrinho, saíram de Posadas, capital da Pro­­víncia de Misiones, que faz fronteira com o Paraná, para ficar 25 dias em Caiobá. Apesar do preço considerado alto, o esforço vale a pena. "Trabalho duro ano inteiro para poder gastar aqui. Só de aluguel de barracas e cadeiras para a praia foi R$ 1 mil. São no mínimo R$ 250 para a família por dia", diz.

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