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Nesta sexta-feira (9) a prefeitura de Pontal do Paraná começou a fechar com concreto e manilhas os acessos para a praia no balneário Pontal do Sul, o que gerou mais indignação de alguns moradores da região. O problema já tinha sido registrado na semana passada, quando foram feitos os primeiros bloqueios para preservar a restinga, o que faz as pessoas caminharem cerca de 800 metros para chegar na praia.

Segundo o jornalista Bruno José Filho, 44 anos e morador do balneário, o problema não é impedir os motoristas de estacionares em cima da restinga. "Ninguém é contra o bloqueio. O problema é o descaso com os moradores, sem um acesso adequado", relata.

De acordo com o assessor do gabinete da prefeitura, Murilo Bittencourt de Camargo Sobrinho, que estava presente no local, o município só estava atendendo a exigência do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Força Verde. "Nós obedecemos às ordens dos órgãos superiores, diante de sermos multados em até um R$ 1 milhão. Nós não temos tempo hábil nem dinheiro para montar uma infraestrutura melhor", afirma Camargo Sobrinho, ressaltando que existe um acesso principal onde idosos, cadeirantes e ambulantes podem passar de carro.

Camargo Sobrinho ainda explicou por que o município não instalou as placas informando ser proibido - de acordo com a Força Verde, a prefeitura está informada da necessidade da instalação desde o ano passado. "Nós colocamos 30 placas de que é proibido estacionar na restinga, mas as pessoas arrancam. Só sobraram três".

Bruno José Daniel contrapõe o argumento. "Só roubam as placas porque falta fiscalização. Pontal do Sul está se tornando a pior praia do Brasil por causa do descaso", reclama. Os dois lados

O empresário curitibano Wilson Roberto Noncimbone, 53 anos, concorda com o fato de bloquearem os acessos, mas não tira a razão dos moradores. Segundo ele, o que falta é organização. "Por um lado tem que fechar porque os turistas não respeitam a restinga e existe vida nela. Por outro lado, não há um lugar onde deixar o carro estacionado com segurança, um banheiro, um telefone público, um posto policial e nem iluminação suficiente. As autoridades têm que resolver isto de uma vez por todas", reclama.

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