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2.477 megawatts

foi o que o horário de verão economizou desde outubro de 2012 no período de pico (entre as 18 h e as 21 h) nos estados em que foi implementado. Isso equivale a 4,5% da demanda máxima nos três subsistemas onde a mudança de horário vigorou. A economia verificada no subsistema sul equivale a 75% da carga no horário de pico de Curitiba (que tem 1,8 milhão de habitantes).

A partir das 24 h deste sábado, acaba o horário de verão e os relógios devem ser atrasado em uma hora. A mudança vale para 11 estados, incluindo o Paraná, e o Distrito Federal. Em vigor desde 21 de outubro do ano passado, a medida pretende a economizar energia elétrica durante os horários de pico, entre as 18 e 22 horas, evitando sobrecarga no sistema de fornecimento. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, na última década houve uma redução de 4,6% em média na demanda neste horário.

Atrasar ou adiantar os ponteiros do relógio, no entanto, causa reflexos não só na economia, mas também na saúde, já que a mudança interfere no ritmo circadiano do corpo humano – um ciclo, com base nas 24 horas do dia, que sofre interferência dos fenômenos naturais e que influencia o sono, a fome, o cansaço e até os aspectos psicológicos. Por isso, é preciso tomar alguns cuidados, principalmente na primeira semana, já que os reflexos costumam se estender por mais ou menos sete dias.

Mais fácil

A princípio, voltar ao horário normal traz mais benefícios do que se adaptar ao horário de verão. Isso porque, com uma hora a mais de luz, as pessoas tendem a ficar mais tempo na rua ou fazendo exercícios, e deixam o sono para mais tarde, embora tenham de acordar no mesmo horário. Com a volta ao horário normal, "ganha-se" uma hora com o atraso do relógio, o organismo recupera essa hora de sono perdida e se sente mais descansado. Mas a mudança pode gerar algum estranhamento.

"O sono pode se beneficiar, mas há uma hora a menos de sol. É comum também não sentir fome pela manhã, mas sim a vontade de almoçar antes do horário habitual", explica o neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças de Curitiba Cleverson de Macedo Gracia.

Alerta

A alteração afeta principalmente idosos e crianças, que, segundo o médico, são mais sensíveis a reviravoltas na rotina.

Por fim, também há pessoas que se deprimem com as mudanças de luminosidade, ficando tristes e sem energia quando há pouca luz, principalmente no inverno. Como a volta ao horário normal dá a impressão de que essa estação chegou mais cedo, pode ocorrer a chamada "depressão sazonal", um transtorno influenciado por essas mudanças no ambiente. Quem apresenta sinais do problema deve procurar um médico. Quem possui crianças e idosos em casa deve procurar conservar a rotina deles o máximo possível. Para os demais, é esperar que o corpo se adapte – dormindo, se alimentando bem e praticando exercícios físicos.

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