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Olhando para o futuro: Rosane resgatou cultura do século 18 | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Olhando para o futuro: Rosane resgatou cultura do século 18| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

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Confira o endereço do Engenho do Sertão e de outros três museus em Bombinhas

Engenho do Sertão

- Rua Abacate, 452, Sertãozinho

- Visitas devem ser realizadas com agendamento prévio

- Contatos: (47) 3393-3099, contato@institutoboimamao.org.br e www.engenhodosertão.com.br

Museu Aquário e Marinho

- Rua Leopardo, 800, Zé Amândio

- Aberto todos os dias, das 10 às 20h

- Contatos: (47) 3369-1681 / 8883-5416 / 9974-7791 e museumarinho@hotmail.com

Museu Naval – Casa do Homem do Mar

- Avenida Falcão, 2200, Praia de Bombas

- De dezembro a março, aberto de terça a domingo, das 14 as 20h

- Contatos: (47) 3363-0801 e www.chm.org.br

Instituto Kat Schürmann

- Avenida Vereador Manoel J. dos Santos, 220

- Visitas devem ser realizadas com agendamento prévio

- Contatos: (47) 3393-7112 e www.schurmann.com.br

Os parentes mais distantes dos Luchtenberg podem não acreditar, mas alguém de uma das famílias que perpetua esse sobrenome germânico tem ajudado a preservar a memória da cultura açoriana em Bombinhas, cidade do litoral centro-norte de Santa Catarina. A façanha é de Rosane Luchtenberg, 61 anos, responsável pelo Museu Comunitário Engenho do Sertão, um dos quatro espaços da cidade que podem servir como rotas alternativas às badaladas praias do balneário.

A ligação de Rosane com a cultura açoriana começou em 1997, quando ela se propôs a mapear engenhos de farinha de Bombinhas. "Havia me mudado com a família para montarmos uma pousada, mas comecei a ficar incomodada por não conhecer a cultura local. Por isso fui atrás dos engenhos", explica a gestora do museu.

À época, com o recém criado Instituto Boi Mamão, Rosane diz ter mapeado nove engenhos que sobreviveram à expansão imobiliária da cidade – que, com suas belas praias e locais para mergulho, torna-se um dos principais destinos turísticos do sul do país. Todos, porém, demandavam cuidados, e por isso ela arregaçou as mangas para restaurar dois deles. O trabalho contou com a aprovação em um projeto do Ministério da Cultura e recursos da Lei Rouanet.

Graças à restauração dos dois engenhos, turistas e moradores da cidade catarinense agora encontram viva uma história que começou no século 18, quando portugueses chegaram a Santa Catarina e aperfeiçoaram técnicas indígenas para a produção da mandioca.

Farinha

O antigo engenho, que já funcionou movido à tração animal, fica no número 452 da rua Abacate, no bairro Sertãozinho. Ali, além de poderem ver uma estrutura preservada do engenho, com direito a prensa, o paiol e o rodete, visitantes podem assistir apresentações de cantadores e do teatro de bonecos que remetem à tradicional festa do Boi Mamão – expressão folclórica açoriana para celebrar a ressurreição do boi.

Apesar de celebrar a preservação do espaço e manutenção das atividades folclóricas, Rosane comemora outra vitória: a volta da fabricação de farinha em engenhos da cidade. "Já chegamos a ter 70 engenhos na cidade, mas eles foram acabando. Hoje, temos apenas 15, mas cinco deles fabricam farinha e sustentam as famílias", celebra a ascendente, alemã de origem, mas açoriana de coração.

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