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Wanderley Galli (direita) resolveu seguir a indicação do vizinho para contratar o encanador Pedro dos Santos | Valterci Santos / Gazeta do Povo
Wanderley Galli (direita) resolveu seguir a indicação do vizinho para contratar o encanador Pedro dos Santos| Foto: Valterci Santos / Gazeta do Povo

Olho vivo

Antes de contratar qualquer profissional, saiba como se precaver para que tudo seja feito conforme o esperado:

> Não aposte no desconhecido. Busque indicações de profissionais com amigos ou solicite referências.

> Solicite orçamentos de profissionais diferentes. Antes, certifique-se se existe algum custo por isso.

> Desconfie de preços muito altos ou muito baixos. Procure descobrir a lógica por trás de cada cobrança.

> Crie um contrato assinado pelas duas partes, que discrimine tarefas, prazos e formas de pagamento. Exija também notas fiscais ou recibos.

> Não faça pagamentos integrais antecipadamente, mas apenas quando o serviço for concluído. Guarde recibos assinados de todos os pagamentos.

> Se o serviço prestado apresentar problemas após a sua execução, o cliente tem garantia de até 90 dias para exigir que o serviço seja refeitos. Ou, no mesmo prazo, tem o direito de pedir o dinheiro de volta.

> Em caso de dúvidas quanto a prestação de serviços, é possível consultar o Procon pelo telefone 0800-411512.

Central ajuda na hora de contratar

Pelo telefone gratuito 0800 643 5544, da Central do Profissional Autônomo (CPA), programa vinculado à Agência do Trabalhador do governo do estado, o veranista pode solicitar o contato de diversos profissionais, como pedreiros, diaristas ou encanadores que atuem por um curto período de tempo, sem vínculo empregatício.

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Matinhos - Encanamento para desentupir. Ventilador para instalar. Muro para erguer. O veranista ou morador do Litoral que se depara com tais necessidades muitas vezes se sente perdido na hora de contratar alguém para fazer essa tarefas. Nas praias, encontrar um profissional que dê conta do recado é um desafio, visto que a quantidade de mão de obra especializada é escassa. Achar quem cobre um preço justo na temporada é também outra dificuldade.

Diante dessas situações, é preciso se manter prudente e não se contentar com o primeiro profissional que aparecer. "O veranista deve ter calma para comparar orçamentos e para se informar sobre o profissional que está contratando, solicitando suas referências. Do contrário, a dor de cabeça vem imediata, com a má execução do serviço", lembra Márcio Itiberê, chefe de atendimento da Procuradoria de Defesa e Proteção ao Consumidor do Paraná (Procon-PR).

Obter uma boa indicação de alguém também faz a diferença. Que o diga o bancário aposentado Wanderley Galli, 65 anos, de Curitiba. Há alguns anos ele se deu mal ao contratar pessoas na praia sem levar em conta as referências. "Numa época em que eu estava construindo uma casa em Guaratuba, caí na bobeira de chamar um pedreiro desconhecido. Foi o maior desastre. Ele vivia embriagado, não vinha trabalhar e atrasou a obra", conta Galli. Depois da lição, sempre que precisa fazer algum reparo em sua atual casa de praia em Matinhos o aposentado vai atrás de indicações de conhecidos. Na última vez que precisou consertar o encanamento, por exemplo, a referência veio do vizinho. "O Jonei Luiz, meu vizinho, disse que o encanador dele era bom e eu decidi conhecê-lo. Con­versando com o seu Pedro senti que ele era de confiança, o que se confirmou depois com o bom trabalho que ele fez."

Segundo o encanador e eletricista Pedro Santos, 62 anos, toda obra bem feita se reverte para ele em divulgação boca a boca do seu trabalho. "É assim que consigo novos trabalhos." O fato de só cobrar valores depois de terminar o serviço é outro atributo que conta para a reputação de qualquer profissional, afirma. "Só peço adiantamento para obras longas, que levem de dois a três meses. Para obras pequenas não tem por que pedir. Tem muita gente que pede um valor de entrada e abandona o trabalho assim que recebe o dinheiro. Esses logo ficam queimados no mercado", lembra ele.

Contrato

Na hora de contratar, a pessoa deve estar atenta também ao valor cobrado e à garantia de que o serviço será bem-feito. Segundo o chefe de Atendimento do Procon-PR, é preciso desconfiar tanto de preços muito altos quanto dos muito baixos cobrados na praia. "O barato pode sair caro se a pessoa for inexperiente ou usar materiais inadequados. Preços elevados tampouco são garantia de qualidade e podem ser puro exagero." Itiberê ressalta a importância de o cliente questionar os procedimentos de trabalho de cada profissional, buscando entender os motivos pelos qual determinado valor é cobrado.

Para se ter uma garantia ainda maior de que o serviço sairá como o prometido e na data prevista, Itiberê recomenda que todas as tarefas e prazos sejam discriminados por escrito. Segundo ele, não é preciso criar um contrato muito elaborado. "Um papel assinado já vale como testemunho de que ambas as partes se comprometeram a cumprir seus deveres." Se o verviço for mal feito, o cliente tem o direito de pedir uma nova execução ou a devolução de valores amparado pelo Código de Defesa do Consumidor.

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