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Manutenção prévia e fiscalização podem evitar acidentes como o que ocorreu na última segunda-feira, quando um barco explodiu e cinco pessoas ficaram feridas | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Manutenção prévia e fiscalização podem evitar acidentes como o que ocorreu na última segunda-feira, quando um barco explodiu e cinco pessoas ficaram feridas| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Controle

Entre os dias 15 de dezembro do ano passado e 13 de fevereiro deste ano, foram realizadas 1.763 abordagens pelos militares da Capitania dos Portos do Paraná. As fiscalizações ostensivas resultaram em 434 notificações emitidas e 99 embarcações (barocs de pesca e passageiros) apreendidas, sendo 28 motoaquáticas. Até o dia 14 de fevereiro de 2013, 36 carteiras de habilitação falsificadas foram retiradas de circulação no litoral. Em caso de falta de equipamentos de segurança, como botes e coletes salva-vidas, pode haver notificação e também a apreensão da embarcação irregular.

Segurança

Algumas medidas obrigatórias para embarcações que navegam pelo Litoral

- As lanchas devem respeitar a área para banhistas, mantendo uma distância de 200 metros da linha de arrebentação das ondas, e disponibilizar coletes salva-vidas.

- Comunicar à entidade náutica a saída, o trajeto e a previsão de retorno.

- O aluguel de embarcações só pode ser realizado para pessoas habilitadas

- Certifique-se da habilitação do comandante. Ele precisa ter os documentos de condutor e da embarcação.

- Em casos de emergência, acione a Capitania dos Portos do Paraná pelos telefones (41) 3422 3033 ou (41) 3721 1500.

Na última segunda-feira, um acidente com uma lancha de passeio no Litoral do estado chamou a atenção para a segurança nos passeios náuticos. A embarcação pegou fogo na região próxima à Ilha do Mel, entre os trapiches de Encantadas e Nova Brasília, após o motor explodir. Cinco pessoas ficaram feridas. A causa da explosão ainda é desconhecida. Esse não foi o único caso na semana. No último domingo, outra lancha pegou fogo em Paranaguá, mas sem vítimas.

A Capitania dos Portos já deu início às investigações dos dois casos. A partir da instalação do inquérito, prevista para esta semana, o prazo para apresentar os resultados é de 45 dias, prorrogáveis por mais 45. Acidentes como estes são raros – dois foram registrados no ano passado – e podem acontecer por várias causas, como problemas no motor, falta de manutenção, imperícia ou imprudência no reabastecimento e no manuseio de equipamentos.

Os comandantes precisam estar atentos às normas, observando os itens de segurança e equipamentos antes de sair ao mar.

Fiscalização

A Operação Verão 2012/­­2013 da Capitania dos Portos, que segue até 17 de março, tem equipes de Inspeção Naval percorrendo diferentes pontos das Baías de Pa­­ranaguá e Guaratuba pa­­ra fiscalizar e orientar os navegadores.

Nessas ações diárias são abordadas embarcações de esporte e recreio, de transporte de passageiros, condutores de motoaquáticas, entre outros. Os militares fiscalizam documentos de pilotos e da embarcação, excesso de lotação, disponibilidade de coletes salva-vidas e sinalização.

Durante o feriado de carnaval, entre sexta e quarta-feira, o órgão realizou 574 inspeções, segundo a tenente Kelly Frizzo. "No mesmo período do ano passado, foram 309. Aumentou o número de pessoas no mar", conta. Foram emitidas 159 notificações e 39 embarcações foram apreendidas, além de quatro carteiras de habilitação falsas.

Comodoro de uma associação náutica em Guaratuba, João Bosco afirma que alguns acidentes poderiam ser evitados com a manutenção preventiva. "A manutenção deve ser feita com empresas credenciadas pelos fabricantes, e usando sempre peças originais", diz. Segundo ele, o material de fabricação das lanchas acaba representando um agravante. "A fibra de vidro e o revestimentos são extremamente inflamáveis."

Para o técnico mecânico Jair Pedroni, muitos proprietários deixam a manutenção em segundo plano. "Quando a manutenção é negligenciada, não se olha, por exemplo, um vazamento de combustível quando se abastece, ou uma mangueira ressecada", diz. Pedroni também defende mais conhecimento sobre combate a incêndios. "O comandante é responsável pela embarcação e pela salvaguarda dos passageiros."

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