A prefeitura de Pontal do Paraná começou nesta quinta-feira (8) a instalar manilhas de concreto para impedir o estacionamento na área de restinga (vegetação preservada por lei na orla marítima). A primeira concretagem foi feita em Pontal do Sul – no acesso da Rua do Mercado Maresias. A colocação do material acontece nove dias após o município ser notificado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) pela falta da indicação de que era proibido estacionar no local.

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Na quarta-feira (7) em reunião entre o IAP, a prefeitura e a Força Verde da Polícia Militar ficou acertado que as manilhas serão utilizadas no lugar das placas de alerta da proibição do estacionamento, que poderiam ser facilmente retiradas. Segundo o acordo, a prefeitura de Pontal do Paraná terá até a meia-noite da sexta-feira para fechar mais quatro acessos à praia de Pontal do Sul. Além disso, o município terá dez dias para fechar outros quatro acessos nos demais balneários (Praia de Leste, Santa Terezinha, Ipanema e Shangri-lá) e colocar faixas informativas na PR-407.

A coordenadora do IAP na Operação Verão, Adriana Ferreira, afirmou que se acontecer a instalação das quatro manilhas na sexta-feira (9), possivelmente não haverá multa ao município.

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Guaratuba

A mesma situação poderá ocorrer em Guaratuba. De acordo com Adriana, a prefeitura precisa apresentar uma proposta de como irá solucionar a questão. "Precisamos saber qual é o planejamento da prefeitura para resolver o problema de forma definitiva. Se houver um acordo, o município de Guaratuba também não será multado", disse a coordenadora do IAP na operação.

Luciana Reis, chefe de gabinete da prefeitura de Guaratuba, disse que o município já mandou fazer as placas alertando sobre a proibição do estacionamento na restinga da praia de Caieiras. Mas elas não devem ficar prontas na sexta-feira. No entanto, Luciana disse que uma solução definitiva para o caso ainda demorará algum tempo por causa do impacto econômico que o fechamento dos acessos à praia irá causar à população local. "A comunidade de Caieiras é composta por população de baixa renda e que vive do turismo. Não podemos acabar com todos os acessos de uma hora para outra. Se isso acontecer, grande parte dos turistas não virá mais para cá", explica a chefe de gabinete da prefeitura de Guaratuba.

De acordo com Luciana, será agendada uma reunião com o IAP para a próxima semana para explicar a situação e levar as reivindicações dos moradores. Também serão feitas audiências com a comunidade para que se possa chegar a uma decisão.