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Reparos começaram a ser feitos nas pontes: “manutenção de rotina”, segundo a concessionária | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Reparos começaram a ser feitos nas pontes: “manutenção de rotina”, segundo a concessionária| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Histórico

Em três meses, a CTG recebeu determinações da Justiça para melhorar a prestação de serviço e teve de reduzir o valor da tarifa como penalização.

Novembro de 2012 – por descumprir itens do contrato, a tarifa do ferryboat foi reduzida em R$ 1,10 (de R$ 5,90 para R$ 4,80 por eixo) depois de negociação com o DER-PR.

A CTG deve deixar de receber R$ 500 mil durante a temporada por conta da redução. A empresa recebeu 43 notificações do DER-PR nos últimos 12 meses.

Dezembro de 2012 – Justiça determina melhorias no serviço, em especial o retorno do funcionamento de uma das embarcações que estava em reforma. A ação foi motivada pelo tempo de espera enfrentado pelos motoristas para fazer a travessia durante as festas de fim de ano, que chegou a mais de três horas.

Janeiro de 2013 – nova liminar pede reparos de emergência nas pontes. A ação do MP se baseou em laudo de inspeção naval que concluiu que o estado das pontes flutuantes poderia colocar em risco a segurança dos usuários.

Fevereiro de 2013 – são esperadas longas filas para o feriado de carnaval. Estudo feito pela CTG e o DER-PR com orientações sobre o melhor horário para fazer a travessia e evitar horas de espera está sendo feito e deve ser divulgado nos próximos dias.

Depois da decisão da Justiça que determinou prazo de 24 horas para o início de reparos emergenciais nas pontes flutuantes do ferryboat que liga Matinhos a Guaratuba, as obras ainda não haviam começado até o início da noite de ontem. O motivo, segundo o gerente de contrato da Concessionária da Travessia de Guaratuba (CTG), Fábio Antônio Rossi, é que a empresa não havia sido intimada oficialmente até o fim da tarde desta quinta-feira. Passado o prazo de 24 horas depois da intimação, começam a valer as multas de R$ 5 mil por dia de atraso nas obras.

Reparos começaram a ser feitos no início desta semana na ponte flutuante, mas eles fazem parte da "manutenção de rotina", feita mensalmente pela concessionária durante todo o ano, de acordo com Rossi. Porém, o gerente de contratos da CTG alerta que, se essas melhorias não forem suficientes, o serviço de travessia terá de ser interrompido para dar conta da reforma.

"Teremos de analisar como cumprir a determinação. Não dá para mexer na estrutura da ponte sem tirá-la da água e sem parar o serviço. Se não der para cumprir, vamos recorrer da decisão", afirma. A empresa ainda não havia decidido se iria cumprir a determinação ou recorrer. A decisão seria tomada depois do recebimento da liminar, durante a noite de ontem.

A reportagem da Gazeta do Povo não conseguiu contatar a CTG para comentar os planos para cumprir a determinação até o fechamento desta edição.

Risco

De acordo com o DER-PR, o risco de afundamento, como consta no laudo de inspeção naval e que motivou a liminar da Justiça, é muito baixo, "quase zero". Engenheiros navais ficam 24 horas por dia no local para agir em caso de necessidade. E em caso de alagamento, bombas começam a funcionar para escoar a água. Portanto, a segurança dos usuários estaria garantida pelo menos até o fim da temporada.

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