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Segundo Claudete  Camargo,os filhos  fizeram amizades  assim que entraram na piscina | Pedro Serápio / Gazeta do Povo
Segundo Claudete Camargo,os filhos fizeram amizades assim que entraram na piscina| Foto: Pedro Serápio / Gazeta do Povo

Os dois lados

Prós e contras de passar férias em associações

Pontos positivos

- Preço: é mais acessível do que o de hotéis e de aluguel de imóveis. Algumas incluem as refeições.

- Lazer: piscinas, quadras esportivas, salão de jogos e restaurantes fazem parte da estrutura. Há ainda recreação para crianças, aulas, gincanas e torneios esportivos.

- Socialização: como as pessoas passam muito tempo juntas, podem surgir amizades.

- Comodidade: não é preciso fazer a limpeza das áreas comuns.

Pontos negativos

- Aglomeração: além das filas em refeitórios e piscinas cheias, podem não ser bons lugares para quem quer sossego.

- Regras: serviços como salão de jogos, saunas, piscinas e quadras geralmente têm hora para fechar. Também é proibido fazer festas até tarde.

- Pouco planejamento: como a procura é grande e não há espaço para todos, são feitos sorteios. O resultado geralmente é divulgado um mês antes da viagem e fica difícil planejar as férias a longo prazo.

São raros os que fazem tantos amigos em uma semana de férias quanto a enfermeira Maria Pereira de Souza Silva, que é de Londrina, no Norte do Paraná, e passa uns dias em Caiobá, no Litoral paranaense. Enquanto almoçava, na última quarta-feira, Maria cumprimentou os amigos de Rolândia e Sertanópolis, também no Norte do estado, os de Curitiba e reencontrou um velho conhecido de Londrina. Nem bem tinha acabado a refeição.

Além da simpatia de Maria, outro fator que contribui para essa aproximação é o local onde ela e a família passam as férias. Há 18 anos eles frequentam a Colônia de Férias da Associação dos Servidores Públicos do Paraná (ASPP) de Caiobá, onde as amizades surgiram nas rodas de caxeta até de madrugada. "Toda vez que a gente vem tem carteado e, assim, surgem novas amizades", diz o engenheiro Irineu de Paula, de Rolândia.

Há muitas associações como essa espalhadas pelo Litoral paranaense, que oferecem boa estrutura aos hóspedes. Na maioria delas há piscinas, quadras esportivas, salão de jogos e atividades de recreação. Pelo preço em conta e qualidade dos serviços, estes espaços acabam atraindo muitos veranistas.

O gerente de banco Nilton César de Oliveira, de Curitiba, passa as férias na Associação Brasil, do HSBC, em Guaratuba, onde há espaço para camping, cozinhas e churrasqueiras. Foi ali, no espaço que fica de frente para a praia, que ele passou a gostar de acampar. "É um lugar tranquilo. Encontrei aqui pessoas que trabalharam comigo há nove anos."

"Se você aluga uma casa só tem visita de parentes. Aqui não", opina a pedagoga Maristela Dino, de Curitiba, que concorda que as associações são bons locais para fazer amigos. Ela passa as férias na Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal, em Caiobá, onde a diária de um apartamento para cinco pessoas sai por R$ 75. Pagando R$ 100 por mês de mensalidade, a família dela tem direito a usar outros serviços, entre eles a colônia de férias.

E o mesmo ocorre com as crianças. Os filhos da professora Claudete Cristina Camargo, de Curitiba, por exemplo, fizeram amizades "assim que entraram na piscina", diz. Ela e a família estão na ASPP, onde a diária para cada sócio ou dependente custa R$ 18.

Fora isso, outra qualidade irresistível das associações, segundo a professora Marlene Barbosa Correia, de Curitiba, é o conforto. "Se não fosse a associação, não viria para o litoral porque teria que passar o dia na cozinha", brinca Marlene, que veio para a ASPP em Caiobá com 13 pessoas, entre familiares e amigos.

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