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A advogada Aruanda Sfair tem preferência por textos leves para ler na praia | Jonathan Campos / Gazeta do Povo
A advogada Aruanda Sfair tem preferência por textos leves para ler na praia| Foto: Jonathan Campos / Gazeta do Povo

Biblioteca à beira do mar

A partir de hoje, quem passa as férias de verão em Paranaguá, Matinhos, Pontal do Paraná e Guaratuba pode emprestar livros para ler na própria orla. O programa Biblioteca na Areia, da Secretaria de Estado da Cultura, disponibiliza um ônibus em cada cidade (ver os locais ao lado), que funcionará como biblioteca móvel com um total de cerca de 1,2 mil livros para empréstimo.

A leitura pode ser feita dentro do veículo ou em mesas com toldos instaladas do lado de fora. O veranista ou morador do Litoral também pode emprestar o livro para ler em casa. "Na temporada do ano passado, tivemos a visita de muitas famílias, especialmente crianças e idosos, e o índice de devolução dos livros chegou a 96%", informa o coordenador do programa, Rafael Camargo. Segundo Camargo, na última temporada as quatro bibliotecas contabilizaram movimento de 800 visitas e 400 livros emprestados diariamente.

Entre os livros mais procurados pelos usuários das bibliotecas móveis, Camargo destaca os best-sellers, obras de escritores paranaenses, livros espíritas e de auto-ajuda. "As obras mais procuradas são as de escritores como Cristovão Tezza, Ziraldo, Paulo Leminsky, Helena Kolody, da saga Crepúsculo, O Caçador de Pipas, poesia e contos", enumera. "O veranista se interessa pela cultura, pela leitura de bons livros, mesmo quando está na praia. É uma procura muito grande, estamos muito satisfeitos pelo sucesso do programa e o interesse das pessoas". (VP)

  • Suely Sant’Anna recorre a um sebo em Matinhos para renovar a leitura no período de temporada

Matinhos - Praia não é lugar apenas de atividades físicas. Muitos veranistas aproveitam o ar livre para manter a leitura em dia enquanto passam férias no Litoral. E entre os títulos mais requisitados para se ler na areia estão livros com temáticas leves, um pouco de humor e, por que não, alguma história de amor impossível, suspense e auto-ajuda.

"Sempre gostei de ler na praia. Quando era criança, trazia muito gibi e lia a Gazetinha. Hoje, o gosto continua, mas como minha leitura durante o ano se resume mais a livros técnicos, quando chegam as férias eu gosto de ler coisas mais levezinhas", conta a advogada curitibana Aruanda Sfair, que está em Caiobá e trouxe na bagagem um livro de ficção científica de Stephen King, dois livros de humor e o Xangô de Baker Street, de Jô Soares. "Leio até mesmo quando está sol. Vou tomar um banho de mar, volto para a cadeira, leio um pouco e assim vai indo".

A estudante de Medicina Renata Ramos de Freitas, 21, de Maringá, também não abandona o hábito nas férias em Caiobá. Ela sempre traz no mínimo três livros para a praia. Para a temporada, Renata trouxe os best-sellers O menino do Pijama Listrado, Quando Nietzsche Chorou e o livro que ela está lendo atualmente, Fortaleza Digital. "Geralmente eu trago um, minha irmã outro e meu irmão, mais um. E aí vamos revezando".

Segundo o médico Ezequiel Portella, presidente da Associação Paranaense de Oftalmologia, ler na praia não causa riscos à visão. "É até mais confortável, pois a luz incide diretamente sobre o livro, o que facilita a visualização", explica. Para facilitar a leitura e não cansar os olhos, o médico recomenda que usar óculos escuros com filtros contra raios UVA e UVB. Além disso, é preciso tomar cuidado com a exposição ao sol. Por isso, deve-se sempre utilizar protetor solar.

Livros usados

Se os livros trazidos de casa já foram todos lidos, o veranista tem a oportunidade de renovar a estante com os exemplares vendidos nos sebos do Litoral. A professora aposentada Augustinha de Souza, 56, de Jandaia do Sul, no Norte do estado, e que passa férias no Balneário Guarapari, em Potal do Paraná, é uma dessas pessoas. Volta e meia ela corre para o sebo Pico do Livro, em Matinhos. "Desde que cheguei, em dezembro, venho ao sebo pelo menos uma vez por semana. Não é porque estou na praia que não posso ler um bom livro", comenta. A colega de Augustinha, a administradora de empresas Suely Sant’Anna, 52, de Palmares Paulista (SP), veio à procura de romances para a filha. "Me deu saudades de ler aqueles livros Sabrina e Julia, que lia na adolescência, e eu também queria que ela conhecesse", diz.

Eduardo Zimmermann, 19, que trabalha no sebo de Matinhos, conta que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, uma loja de livros usados no Litoral pode dar certo. "As pessoas se surpreendem com a existência de um sebo aqui. Aí vêm para conhecer, gostam e compram livros para toda a família."

Já a proprietária da Livraria Book Sebo, em Paranaguá, que vende lançamentos e usados, Claudete de Oliveira, concorda que visitar sebo é programa de família para os veranistas. "Eles não nos procuram apenas para comprar livros, mas para desfrutar de um ambiente diferente, tomar um café, conversar. E a clientela é fiel. Há pessoas que vêm aqui desde que abrimos, há 12 anos", conta.

Além dos sebos, a feira Top Livros, que vai até 28 de fevereiro em Caiobá, é outra opção para quem quer manter a leitura em dia sem gastar muito: os exemplares não custam mais do que R$ 9.

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Serviço

O programa Biblioteca na Areia está em Caiobá, no início da Avenida Atlântica; em Guaratuba, na Praia Central, esquina com a Avenida Atlântica; em Pontal do Paraná, na Praia de Leste, esquina da Avenida Atlântica com a Rua Aníbal Khoury; em Paranaguá, na Ilha dos Valadares, na Praça Cyro Abailen. O horário é das 10 às 19 horas.

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