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Passeio garantido

Antes de se aventurar em um desses recantos, confira algumas informações sobre segurança, qualidade de água e comércio

- Banho liberado – Apesar de não terem sinalização sobre o índice de balneabilidade, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) informa que Barrancos, Ponta do Poço e Prainha estão próprias para banho.

- Consciência ecológica – Como não há infraestrutura na região (calçadas, chuveiro, lixeira, quiosques), a secretária de Desenvolvimento de Pontal do Paraná, Francisca Kaminski, explica que a manutenção da área depende do bom senso dos moradores e, principalmente, dos visitantes. "Quem for a essas praias precisa deixá-las intactas, recolhendo todo o lixo produzido", lembra. As localidades praticamente não têm comércio. Tudo o que for consumido precisa vir de fora e os resíduos – latas, garrafas, sacolas e cascas de alimentos – têm de ir embora com os visitantes.

- Segurança – De tão isolados, Barrancos, Ponta do Poço e Prainha não contam com a presença de guarda-vidas e de policiamento ostensivo.

O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar recomendam cautela extra aos visitantes.

A secretária Francisca Kaminski sugere que a visitação seja feita na companhia de pessoas experientes, que já conheçam os riscos e as peculiaridades desses locais. A prefeitura de Pontal do Paraná fornece informações e indica guias turísticos pelos telefones (41) 3975-3102 e 8882-0041.

- Reforço nos cuidados – Ao se aventurar em qualquer lugar afastado ou pouco movimentado, bombeiros e policiais recomendam ao veranistas algumas medidas de precaução, como visitar os lugares em grupos de pelo menos quatro pessoas, não levar objetos de valor, manter atenção redobrada às crianças e, em casos de afogamento, evitar tentativas de salvamento – o melhor é jogar um objeto flutuante e contactar os bombeiros.

Em caso de emergência, ligue para a Polícia Militar (190) e para o Corpo de Bombeiros (193).

  • A praia de Barrancos mantém as mesmas características das vizinhas Shangri-Lá e Ipanema. A diferença é a calmaria na areia
  • Depois da trilha acidentada, banho e pescaria na Ponta do Poço
  • As águas calmas da Prainha convidam aos esportes náuticos e banho

Acesso fácil ao paraíso (Foto 1)

O pouco conhecido Balneário de Barrancos, localizado em uma faixa de 1,5 quilômetro entre Shangri-Lá e Atami 1, é o cantinho secreto mais próximo do grande burburinho. "Para quem gosta de paz e sossego, este é o lugar", avisa Odair Serafim do Nascimento, 56 anos, dono da Pousada e Sorveteria Barrancos, uma das poucas opções de hospedagem na região.

Cheio de histórias para contar, Nascimento faz questão de mostrar aos visitantes o pequeno bosque ao lado da pousada, lugar em que nasceu e se criou. O recanto – com árvores centenárias, algumas delas plantadas pelo avô de Nascimento, e forrado por tomatinhos Juá – serviu de cenário para o filme A Saga, de Manaoos Aristides, que trata da colonização no Oeste do Paraná.

Na tarde do último dia 2,a gerente comercial Daniele Beraldo, 35 anos, era uma das poucas pessoas que podiam ser vistas à beira-mar. Daniele, que veio de Curitiba, curtia o Balneário de Barrancos pela primeira vez, na companhia da filha pequena, enquanto o marido Alexsandro pescava no Rio Barrancos, próximo ao bosque. "Estamos em Shangri-lá e viemos para cá por indicação de uma amiga. Estou adorando", contou Daniela. "Aqui é calmo, tem uma faixa de areia grande para as crianças brincarem e a água é limpa. De tão vazia, parece uma praia particular."

Como chegar

Pela PR-412, entrando em direção ao mar no quilômetro 75. A cada 30 minutos saem de Pontal do Sul e Caiobá ônibus coletivos da empresa Oceânica Sul, que param em Barrancos. O valor da passagem é R$ 1,90.

O que ver

A praia tem pouco movimento e, fora de temporada, fica quase deserta. Da areia é possível ver a Ilha do Mel e a Ilha da Galheta (ao Norte) e a Ilha dos Currais (ao Sul). Vale conferir o pequeno bosque e o rio dos Barrancos, ideal para a pesca.

Palavra dos bombeiros

O mar tem as mesmas características de praias vizinhas como Shangri-Lá e Ipanema, alternando dias de agitação e calmaria.

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Uma surpresa no fim da trilha (Foto 2)

Chegar à Ponta do Poço, nos fundos de uma região conhecida como Cachaçal, é uma pequena aventura. Tem estrada de chão, mata, vila de moradores e indústria desativada. De carro, são cinco minutos até chegar lá. A via é de mão única e, se houver um carro no outro sentido, é preciso dar a ré e aguardar a vez.

O passeio vale o esforço. "Aqui não têm ondas nem muitos buracos. A água é mansa, boa para tomar banho", garante o bombeiro Luiz Alves, 42 anos, de Curitiba, que estava com mais nove pessoas no local.

Já para o assistente operacional Márcio Galdioli, 39 anos, que veio de São José dos Pinhais, a Ponta do Poço é um lugar ideal para pescar. "Tenho casa em Vila Nova e venho para cá há um bom tempo. A água aqui é mais clara do que nas outras praias", dizia Galdioli, enquanto o filho Bruno tentava capturar um peixinho. Quanto ao perigos de se aventurar em uma área sem policiamento, Galdioli recomenda passeios em grupos e sempre avisar outras pessoas sobre onde se está.

Como chegar

Pela PR-412, em direção a Pontal do Sul, dobra à esquerda no quilômetro 80, segue reto por mais três quilômetros até o fim da estrada de asfalto. Até esse ponto, o percurso pode ser feito de ônibus (a empresa Oceânica Sul oferece transporte em um horário pela manhã e outro à tarde, a R$ 1,90). O restante do trecho pode ser feito de carro ou a pé.

O que ver

A Ponta do Poço é uma região de baía, portanto não há ondas. A praia é boa para banho e pesca. É possível visualizar a Baía de Paranaguá e uma longa faixa da Ilha do Mel.

Palavra dos bombeiros

O mar sem ondas pode dar uma falsa sensação de segurança. Em dia de maré vazante, a correnteza na região se intensifica, podendo arrastar banhistas para longe.

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Ponto de parada para a família (Foto 3)

As águas calmas e rasas da Prainha atraem muitas famílias para o local, que se mantém pouco movimentado devido à dificuldade do acesso. São cinco minutos em trilha de mata fechada a partir da Ponta do Poço, passando por estradas de areia no Mangue Seco até chegar ao destino.

A dona de casa Marisa Bonatto, 56 anos, de Curitiba, aproveitava a tarde de sábado na Prainha com mais 12 parentes. "Para quem vem com crianças, como nós, é muito bom. Como tem menos gente, dá para enxergar melhor a criançada brincando, o que nos traz mais segurança." Apesar de gostar da calmaria da praia, ela estava decepcionada com o comportamento de alguns veranistas, que tinham deixado lixo na praia. "Não é possível largar sujeira em um lugar bonito desses! Agora pouco, meu genro recolheu uma sacola com lixo que estava espalhado aqui", disse Maria.

Como chegar

Pela PR-412, em direção a Pontal do Sul, virando a esquerda no quilômetro 80, no sentido Ponta do Poço. Passando uma ponte, já no Bairro Mangue Seco, vire à direita e depois siga reto por uma estrada de chão, até chegar ao destino. Não há ônibus que faça o trajeto.

O que ver

As águas calmas atraem banhistas e praticantes de esportes náuticos. Presença de rochas espalhadas pela areia acentua o clima rústico da praia, que também é boa para pesca. Do local é possível avistar a Ilha do Mel e o trapiche em Pontal do Sul.

Palavra dos bombeiros

As mesmas válidas para a Ponta do Poço.

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