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Com a força da água, uma cratera se formou na pista da BR-153 em Fernandes Pinheiro | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Com a força da água, uma cratera se formou na pista da BR-153 em Fernandes Pinheiro| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Mais dinheiro

Dilma anuncia ajuda para o Paraná

A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem que vai enviar R$ 140 mil e 1,7 mil kits-dormitório como ajuda ao Paraná. O anúncio foi feito após o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, e o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira, se reunirem com o governador Beto Richa.

A União, no entanto, ainda não pagou R$ 173,2 milhões de verba destinada à prevenção de desastres ao estado no acumulado dos últimos anos. Os valores correspondem aos restos a pagar, ou seja, que já foram empenhados e teriam reserva no orçamento, mas que ainda não foram pagos. O levantamento é da ONG Contas Abertas.

Ao todo, o governo federal distribuiu R$ 721,2 milhões aos estados em 2014 para prevenção e resposta a desastres naturais. Mas quase R$ 3 bilhões ainda são devidos como restos a pagar. No Paraná, as cidades que mais receberam neste ano foram São José dos Pinhais (R$ 9,7 milhões) e Curitiba (R$ 3,5 milhões). Guarapuava, uma das cidades mais afetadas recebeu R$ 95 mil e teria outros R$ 78,4 mil a receber.

Só R$ 12 milhões de R$ 53 milhões previstos para a prevenção de desastres naturais no Paraná foram efetivamente investidos no projeto que seria o carro-chefe da prevenção desses eventos no estado – o Programa de Prevenção e Alerta de Desastres Naturais. Além disso, o governo federal, que também possui uma verba destinada aos estados para esse tipo de emergência, só empenhou 52% neste ano (R$ 1,8 milhão de R$ 3,4 milhões).

Os valores dos investimentos ainda são pequenos se comparados aos gastos para recuperação dos danos causados pelas enchentes e alagamentos. Só para a reconstrução das cidades prejudicadas com as enchentes de 2011, Antonina, Morretes, Guaratuba e Paranaguá, foi estimado custo de R$ 100 milhões.

Anunciado há exatamente um ano, o Programa de Prevenção e Alerta de Desastres Naturais prometia prever cheias e avisar sobre tempestades e outros eventos climáticos com três dias de antecedência. A ideia inicial era de que ele fosse implantado até o fim de 2013. Mas, para isso, o governo contava com a liberação de R$ 53 milhões de um empréstimo de R$ 815 milhões ao Banco Mundial, um dos financiamentos do governo estadual que ficaram emperrados por meses.

Como "não dava para esperar", segundo o secretário de Meio Ambiente, Antônio Caetano de Paula Júnior, o estado investiu R$ 12 milhões. Foram compradas estações de medição do nível de água e um supercomputador para processar os dados, mas a varredura da atmosfera, parte essencial do processo, ficou comprometida. O projeto previa a instalação de três radares para passar informações sobre as condições atmosféricas em tempo real, mas até agora apenas um foi instalado, em Cascavel, em abril. Os outros dois devem ser instalados no Litoral e na região de Curitiba em até sete meses.

Mesmo sem funcionar direito, o sistema consegue antecipar a possibilidade de enchentes em 48 horas, de acordo com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil. O problema é que só o alerta não é suficiente. Muitos paranaenses vivem em áreas de inundação e sujeitas a alagamento com a cheia de rios.

"O alerta é de que vai chover e vai transbordar. Mas se tem gente em área de inundação, não tem o que fazer.

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