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| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

A polêmica envolvendo uma possível operação da Uber, plataforma de celular que conecta usuários a motoristas particulares, em Curitiba, parece estar longe do fim. Na tarde dessa quinta-feira (03), Guilherme Telles, executivo da Uber no Brasil, esteve na Capital para participar do IV Fórum Internacional iCities, no qual falou sobre o crescimento da empresa, presente em quatro capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Ao fim de sua apresentação, Telles foi interpelado pelo vereador Chico do Uberaba, que reclamou da dificuldade de conseguir contato com o empresário - segundo o parlamentar, há meses ele tenta conversar com Telles sem sucesso - e reafirmou que a Uber funciona de forma irregular nas demais capitais.

“Não sou contra a Uber, mas precisa de regulamentação para funcionar e ela não existe no Brasil. Não entendo como ele diz que a Uber vai chegar em outras cidades sem regulamentação. O taxista, por exemplo, paga imposto, faz curso, dirige carro segurado; e a Uber, como vai funcionar? É recolhido imposto sobre o dinheiro que o passageiro paga? Tem uma série de questões a serem averiguadas”, disse o vereador, autor de projeto que prevê multa aos motoristas do Uber flagrados com passageiros.

Telles desconversou, afirmou que a empresa mantém diálogo com o poder público e legislativo e prometeu retornar os contatos do vereador. Ele ainda disse que não sabe quando a Uber chegará em Curitiba e que a maior dificuldade encontrada pela empresa é a contratação de pessoas capacitadas para operar a plataforma na cidade. Telles não comentou a resistência de parlamentares curitibanos, mas disse que a legislação municipal não pode contrariar o disposto no Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que prevê o transporte privado individual, categoria da Uber.

“Temos uma lei federal que prevê o tipo de serviço prestado pelos motoristas da Uber, cabe aos municípios não ir contra uma lei federal, mas apenas disciplinar sua aplicação na cidade. A Uber entende que o progresso vem primeiro e a legislação, depois, para dar suporte ao progresso e não para bloqueá-lo”, encerrou.

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