O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores das Empresas de Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Denílson Pires, que também é vereador na capital, foi preso na manhã desta terça-feira (31), durante operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual. Ele é acusado de apropriação indébita e formação de quadrilha. A Operação Waterfront investiga um suposto esquema de fraudes no sindicato. O Gaeco deve cumprir 17 mandados de busca e quatro de prisão.

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Além de Pires, outras quatro pessoas tiveram a prisão temporária decretada. Três já foram detidas e a polícia busca por mais um acusado. Segundo policiais do Gaeco, foram detidos Valdecir Bolette, atual tesoureiro e candidato à presidência do sindicato, Nereide de Fátima Butinhoni, que também foi presa por posse ilegal de arma, e Valdenir Dielle Dias, advogado do sindicato. Um quarto membro do sindicato está sendo procurado.

Os policiais apreenderam R$ 100 mil na sede do sindicato e mais R$ 20 mil que estavam em posse dos presos. Há suspeita de que policiais participavam do esquema.

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Uma entrevista coletiva sobre a operação foi agendada para as 15h30 desta terça-feira, na sede do Gaeco.

Vereador é presidente do Sindimoc há 12 anos

Denílson Pires está cumprindo seu primeiro mandato como vereador de Curitiba pelo Democratas (DEM). Eleito em 2008, Pires já trabalhou como cobrador e motorista em empresas do transporte coletivo da capital e se filiou ao Sindimoc em 1992. Dois anos depois, era vice-presidente do sindicato. Em 1998, assumiu a presidência da entidade, depois que o então presidente foi assassinado em Itapoá, no litoral catarinense. Desde então, Pires continuou no comando do sindicato, acumulando a função com o cargo de vereador. Na câmara, ele participa das comissões de participação legislativa, especial do lixo e de serviço público.