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Estátua do Duque de Caxias em frente ao Comando Militar do Leste, que fica no centro do Rio de Janeiro.
Estátua do Duque de Caxias em frente ao Comando Militar do Leste, que fica no centro do Rio de Janeiro.| Foto: Reprodução redes sociais

Após omissão do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlo Caiado, que é do mesmo partido do prefeito, promulgou a Lei nº 8.205/2023, que proíbe “monumentos de exaltação e homenagens a escravocratas e eugenistas” e determina a retirada de estátuas já instalados na cidade.

De autoria do ex-vereador Chico Alencar e da vereadora Mônica Benício, ambos do PSOL, o projeto foi aprovado na Câmara no mês de outubro.

O texto foi enviado para sanção ou veto do Executivo, mas vencido o prazo regimental de 15 dias, o presidente da Casa Legislativa seguiu com a promulgação da nova Lei.

“Fica vedado, no âmbito do Município do Rio de Janeiro, manter ou instalar monumentos, estátuas, placas e quaisquer homenagens que façam menções positivas e/ou elogiosas a: I - escravocratas; II - eugenistas; e III - pessoas que tenham perpetrado atos lesivos aos direitos humanos, aos valores democráticos, ao respeito à liberdade religiosa e que tenham praticado atos de natureza racista”, diz o texto da lei.

A nova regra municipal também determina que os monumentos “já instalados em espaço público deverão ser transferidos para ambiente de perfil museológico, fechado ou a céu aberto, e deverão estar acompanhadas de informações que contextualizem e informem sobre a obra e seu personagem”.

De acordo com a Folha de São Paulo, o gabinete da vereadora Mônica Benício preparou uma lista dos monumentos que deverão ser removidos.

Estariam na mira da vereadora estátuas do primeiro presidente do regime militar, marechal Humberto Castelo Branco; de Duque de Caxias, acusado pela esquerda de facilitar a entrada de escravos no Brasil; e do Padre Vieira.

Atualmente, existe uma estátua do Duque de Caxias em frente ao Comando Militar do Leste, que fica no centro do Rio de Janeiro.

"Não vamos mais aceitar a naturalização e, pior, a exaltação de figuras que promoveram o racismo e o fascismo ao longo da história e hoje têm seus crimes atenuados pelo revisionismo praticado pela extrema direita", afirmou Benício

A Gazeta do Povo entrou em contato com o gabinete da vereadora para saber quais os nomes constantes na lista da psolista, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

O jornal também procurou o prefeito da cidade, Eduardo Paes, para saber o seu posicionamento em relação à nova Lei, mas também não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

A Gazeta do Povo permanece aberta para quaisquer manifestações do prefeito e da vereadora sobre os questionamentos.

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