• Carregando...

Ponta Grossa – A comissão de saúde da Câmara Municipal de Ponta Grossa abriu investigação para apurar responsabilidades na morte de Maria Gonçalves de Lima, 73 anos. O tipo sanguíneo da paciente era O negativo e, durante uma transfusão, ela recebeu sangue A positivo. A denúncia foi apresentada pelo vereador Francisco Valentim Filho (PSB). Antônio Sobrero, diretor clínico do Hospital Municipal, onde Maria foi atendida, confirmou o caso e contou que uma sindicância foi instaurada.

No dia 9 de fevereiro, Maria foi levada ao hospital para receber uma transfusão. Ela tinha anemia em decorrência de um câncer de mandíbula que dificultava a alimentação. A troca das bolsas de sangue foi constatada cerca de 20 minutos depois, antes que outro paciente recebesse o sangue que era destinado para Maria. Ela começou a se queixar de dores abdominais e dificuldades para respirar. Foi levada para a unidade de terapia intensiva, mas faleceu poucas horas depois.

No atestado de óbito consta insuficiência respiratória, câncer e anemia. Sobrero, que assinou o documento, disse que não incluiu a transfusão errada entre as causas da morte porque não tinha certeza de que o caso teria sido determinante.

Providência

João Luiz de Lima, único filho da paciente, decidiu não tomar providências, como queixa na delegacia ou reclamação no Conselho Regional de Medicina (CRM). Há meses a mãe sofria com um câncer em estágio terminal e ele não concordou com a realização de procedimentos que retardassem o funeral. "Espero só que não aconteça com outras pessoas", disse. O diretor clínico declarou que pediu o remanejamento da auxiliar de enfermagem responsável pela transfusão e foi aberta uma investigação. A sindicância foi concluída e apontou falha da profissional. O caso foi encaminhado para o Conselho Regional de Enfermagem e para o departamento jurídico da prefeitura.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]