Brasília e Curitiba O limite imposto às coalizões eleitorais, a chamada verticalização, produzirá alterações imediatas no cenário da disputa presidencial. Para a alegria do governo, o PMDB, que realizou consulta interna no último domingo e escolheu o ex-governador e ex-secretário de governo e Coordenação do Estado do Rio Anthony Garotinho para disputar a Presidência, terá dificuldade para manter de pé a candidatura. A participação de Garotinho incomoda a administração federal porque ajuda a arrastar a disputa para um segundo turno.
Como o PMDB quer lançar pelo menos 18 candidatos a governador e a verticalização atrapalha as alianças que são articuladas na maioria dos estados, peemedebistas de todas as alas apostam que a melhor solução é descartar o candidato.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, não ficou surpreso com a decisão do STF, mas reconheceu que a candidatura do PMDB à Presidência ficou comprometida. "Em função da manutenção da verticalização, o PMDB deverá privilegiar o seu fortalecimento nos estados."
"O quadro das candidaturas vai ficar bem reduzido", concorda o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen. O PFL, que ameaça lançar o prefeito do Rio, César Maia, na corrida presidencial para aumentar o cacife nas negociações com o PSDB em cada estado, terá de refluir, rapidamente, se quiser manter a aliança com os tucanos no governo de São Paulo.
Para o presidente do PMDB no Paraná, deputado estadual Dobrandino da Silva, só será possível afirmar que a manutenção da verticalização foi boa para o partido no estado após a convenção nacional em junho.
"Temos de esperar para ver se teremos candidato nacional para depois fazermos coligações por aqui. Mas temos conversado com o PSDB que tem nomes fortes."
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