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Enquanto Lula acena com o relaxamento da ortodoxia econômica que marcou seu primeiro mandato, Henrique Meirelles investe numa agenda que deve deixar de cabelo em pé até os petistas mais liberais.

Em entrevista à revista "Por Sinal", do Sindicato dos Funcionários do Banco Central, com publicação prevista para a semana que vem, Meirelles defende a autonomia da instituição para evitar o "risco de politização".

"A independência, com mandato definido, tranqüilizaria o mercado", afirma o presidente do BC.

Ele argumenta que o ideal seria adotar o conceito de empresa pública, "nos moldes da Caixa Econômica Federal".

Ressalta apenas que, por estar no comando do banco, as iniciativas terão de partir do Congresso.

Oráculo 1 – Aécio Neves convocou para segunda-feira, véspera da decisão do PSDB na Câmara, reunião com os tucanos de Minas. Até lá, deve "analisar os desdobramentos" do apoio a Arlindo Chinaglia (PT-SP), diz um aliado. Oráculo 2 – Dos EUA, Aécio abdicou de vez do discurso de que a sucessão na Câmara é assunto interno dos deputados. Já avisou que fará, na seqüência, reunião com os cerca de 40 deputados de vários partidos que o apóiam para influenciar sua decisão. Só de ida – O PT reage aos ataques de Aldo Rebelo (PC do B-SP) e tenta carimbar o presidente da Câmara como "cavalo de Tróia do PFL". "Ele pode estar indo para um confronto sem volta com o governo", adverte um petista. Fel – Aldo, por sua vez, sobe o tom a cada dia. Em reunião com aliados, ontem, quando questionado sobre o que faria se amigos seus lhe pedissem para desistir, disparou: "Que amigos? Meus amigos são os que me apóiam. Os outros são amigos do Chinaglia". Numerologia – A terceira via abandonou o nome que a consagrou. Prefere ser chamada de "grupo independente", como dizia cartaz na porta da sala da reunião de ontem. Mesmo porque, com a deserção do PSol, já se fala ironicamente em "quarta via". Velhos amigos – Gustavo Fruet (PSDB-PR) espera contar com votos dos antigos membros da CPI dos Correios para ampliar o apoio em bancadas como PMDB e PFL. Faltou combinar – Osmar Serraglio (PMDB-PR), ex-relator da proposta, joga água no chope do conterrâneo: "Não vou abrir dissidência. Vou de Chinaglia".

SOS – Às voltas com uma ameaça de greve dos servidores de Alagoas, depois de cancelar, por decreto, um reajuste salarial concedido pelo antecessor, o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) bate hoje à porta de Lula. Quer da equipe econômica uma folga financeira para o estado. Que trégua? – O PT está longe de dar refresco a José Serra em São Paulo. Depois de anunciar que pedirá a CPI do Metrô na Assembléia, o partido passou a atacar o governador por conta do acidente na linha 4. "Serra ignora avisos e exime estado de responsabilidade sobre acidente", dizia o site do partido ontem. Decolagem – Lula, que reduziu as viagens internacionais em 2006, planeja recuperar o tempo perdido. Depois do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), deve ir aos EUA e novamente à África ainda no primeiro semestre. De mudança – O deputado federal Ratinho Jr. (PR), filho do apresentador do SBT, deve deixar o PPS. Reclama da "mão de ferro" dos dirigentes do partido em seu estado.

Tiroteio

Do deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), apoiador de Arlindo Chinaglia (PT-SP), sobre o lançamento de uma candidatura alternativa à presidência da Câmara.

– Com essa baixa adesão, a terceira via está mais para acostamento.

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