Belém A usina hidrelétrica de Tucuruí, no sudeste do Pará, foi invadida ontem por 600 pessoas ligadas à Via Campesina e ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) que quebraram vidraças e ocuparam as salas de controle e de máquinas das Centrais Elétricas do Norte (Eletronorte). A empresa informou que a invasão não prejudicou a geração de energia elétrica para todo o país e que suas máquinas estavam operando normalmente.
Os invasores permaneciam no local até o começo da noite, enquanto em Brasília autoridades do governo federal se reuniam para discutir e atender as reivindicações do MAB para investimentos nas áreas de saúde, educação e asfaltamento de estradas.
Os manifestantes também querem redução da tarifa de energia elétrica cobrada no Pará pela empresa rede Celpa, além da inclusão de sete municípios da região do programa Luz Para Todos, do governo federal. Da Eletronorte, eles exigem pagamento de indenização a 977 famílias que tiveram de sair da área hoje inundada pelo lago de Tucuruí.
A possibilidade de o Exército entrar na usina para retirar os invasores era forte durante a tarde, mas os líderes do movimento admitiam não estar dispostos a sair.
Segundo o MAB, apesar de a hidrelétrica ter sido inaugurada em 1984, até hoje a Eletronorte não resolveu os problemas sociais de 32 mil famílias atingidas pelo represamento do Rio Tocantins e que residiam nos municípios de Breu Branco, Novo Repartimento, Goianésia e Tucuruí.
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