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Além de ajudar quem tem disfunção erétil, o princípio ativo do Viagra talvez se revele um bom amigo de outra parte importante do aparelho reprodutor masculino: a próstata, em especial quando afetada pelo câncer. Isso porque, de acordo com novo estudo, a droga pró-ereção também é capaz de aumentar a eficácia da quimioterapia contra tumores de próstata. De quebra, o sildenafil, como é conhecido, minimiza efeitos colaterais do tratamento anticâncer.

Os resultados, é bom lembrar, foram obtidos com células cultivadas em laboratório e em testes com camundongos. Portanto, não é nem de longe recomendável que pessoas com a doença passem a usar o sildenafil por conta própria. Ainda falta validar o achado científico em seres humanos.

A droga que foi empregada junto com o princípio ativo do Viagra é a doxorrubicina, usada contra cânceres de próstata, ovário e mama, entre outros. Apesar de relativamente eficaz, ela tem como efeitos colaterais queda de cabelo, náusea, vômitos e problemas cardíacos.

Por outro lado, já se sabia que a mesma substância do organismo bloqueada pelo sildenafil durante sua ação "erétil" também é muito ativa em tumores.

Promessa antiga

Já havia a promessa, portanto, de que o Viagra e outras drogas parecidas com ele pudessem ter esse efeito positivo. Foi o que mostrou a equipe da Univer­sidade da Comunidade da Virgí­nia (EUA) liderada por Rakesh Kukreja. Em estudo que sairá na revista científica PNAS, Kuk­reja e colegas aplicaram com sucesso a dupla de drogas contra células tumorais e contra tumores de próstata implantados em camundongos.

O que eles viram, em suma, é que a combinação de substâncias aumenta a morte de células do câncer, ao mesmo tempo em que protege o coração dos roedores de maiores danos. O mecanismo pelo qual isso acontece ainda não está claro, mas é possível que o uso desenfreado de oxigênio por parte das células tumorais tenha algo a ver com o efeito. O plano, agora, é passar para testes em pessoas.

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