Embora os registros de 2006 apontem a diminuição da violência na estradas, para quem esteve envolvido em um acidente pouco interessam as estatísticas. A história do bacharel em direito Pierpaolo Petruzziello, 24 anos, é um exemplo de como um segundo de descuido nas rodovias pode mudar toda uma vida.
Em 6 de agosto do ano passado, um domingo, Petruzziello ia à chácara de um amigo, pela Rodovia do Café, quando, por volta das 22 horas, um pedestre atravessou em frente ao seu veículo. Ao desviar o carro para não atropelar o transeunte, ele capotou. O resultado do acidente: 15 dias hospitalizado e a amputação do antebraço esquerdo. Petruzziello conta que o pedestre sequer parou para ver o que havia acontecido. Ele, que nunca tinha se envolvido em um acidente e em seis anos de carteira não tinha uma única multa, viu sua vida mudar da noite para o dia.
"Eu cheguei quase morto ao hospital. Perdi cinco litros de sangue. No meu corpo, só o coração, o cérebro e o fígado tinham sangue suficiente, o que me manteve vivo", conta, ressaltando o fato de que estar numa velocidade dentro do permitido para o local, no momento do acidente, pode ter sido o que salvou sua vida.
Mesmo com a perda, ele, de forma otimista, encara que o episódio mudou sua vida para melhor. "Eu passei a dar mais valor para outras coisas, que eu não me dava conta antes. São coisas muito mais importantes, que agora tem o devido valor na minha vida", explica. (FA)
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